terça-feira, 25 de outubro de 2011

O caso do cofre de Constantina - parte final

Olá a todos! Depois de um longo período de hiato sem escrever um texto propriamente dito e deixar o final dessa história pra depois, vou finalmente contar o fim dela. Mas antes vamos recapitular: Nise, sobrinha de Constantina, encontrou o cofre aberto e vazio no meio da madrugada. Clóvis, seu primo, contratou o detetive Dante pra descobrir quem havia sido o ladrão. Depois de interrogar Constantina e discutir com ela, Lalá, empregada dela, procura o detetive dizendo ter algo a dizer.

Lalá começou a falar. Dante, imóvel, prestava atenção a cada vírgula que a mulher dizia. Raramente a interrompia, a não ser pra dizer ''Nossa!'', ''Continue!'', ''Não é possível!'' e coisas do gênero. No dia seguinte ele convoca todos para uma reunião e diz que tem uma revelação bombástica a fazer.
- Pois diga, Dante - disse Clóvis.
- Após muito refeltir e ouvir vocês, cheguei a uma conclusão.
- E que conclusão foi essa? - perguntou Nise.
- Um de vocês é o ladrão! - disse o detetive calmamente.
- Como assim?! - esbravejou Constantina. - Você é mesmo um grande mentiroso!
- Não senhora. Eu sei que o que estou dizendo é muito verdade. Tanto é assim que vou contar como cheguei a ela. Lalá me  procurou e disse que viu algo estranho na sala do cofre. Não conseguiu quem estava lá, mas achou uma pista muito importante.
- E que pista é essa? - perguntou Clóvis, um tanto nervoso.
- Uma unha postiça! - respondeu o detetive.
Todos caíram na gargalhada, menos o detetive e Lalá.
- Não sei qual é a graça - enfureceu-se Dante.
- E o que isso prova? - quis saber Nise.
- Muita coisa. Mas vamos ao que interessa. Durante a noite, no jantar, olhei disfarçadamente as mãos de todos e descobri de quem é a unha! Sendo assim, sra. Constantina Amaral, a senhora está presa por furto!
Todos olharam estupefatos. Como assim a dona da casa roubou a própria família? Isso só podia ser um pesadelo.
- Não, não é um pesadelo. Sinto informar-lhes!
Nesse momento entra a polícia. Os policiais levam a senhora, sob os gritos desta com Lalá, Clóvis, Nise e Dante. Ela esbravejava e xingava a todos os que via pela frente. Sobrou até para os policiais.
- Mais uma acusação: desacato - falou um dos policiais.
-Nunca pensei que a minha própria mãe faria uma coisa dessas. Mas por quê ela fez isso? - qius saber Clóvis.
- A senhora sua mãe tinha dívidas de jogo. Como vocês devem saber, ela gostava de um carteado e esse 'hobby' estava lhe custando rios de dinheiro. Então ela se desesperou e resolveu armar um plano aparentemente infalível: roubar a si própria. Só não esperava ser traída por suas próprias unhas - disse o detetive com um certo deboche.
E assim todos voltaram à normalidade. Constantina foi libertada depois de pagarem sua fiança, mas foi impedida pela família de tocar no dinheiro. Foi julgada e condenada a 1 ano de serviços comunitários. Depois dessa, ela nunca mais quis saber de carteado pelo resto da vida.

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