Olá a todos! Hoje literalmente vou postar algo diferente. É a minha primeira ficção aqui. Espero que gostem!
Menelau e Izolita são um casal de cientistas. Se conheceram através de um amigo em comum e juntos estão há mais de 15 anos. Um casamento perfeito e uma vida perfeita. Um dia, Izolita ganha um prêmio da Academia de Ciências e Menelau fica cabisbaixo. Não que estivesse infeliz porque a esposa ganhou o tal prêmio e sim porque ele não havia conseguido. Também não queria que a glória da mulher fosse sua, mas ele queria ter sido premiado também. Decidiu desabafar com o amigo Romano.
MENELAU (tenso): Difícil explicar o que sinto. Estou feliz por ela, embora não pareça. Você tem um cigarro?
ROMANO: Você sabe perfeitamente bem que eu não fumo, Menelau!
MENELAU: Ah, sim, claro, desculpe. O que você me diz?
ROMANO (sério): Trata-se de egoísmo da sua parte ficar triste pela vitória dela. Ela é sua mulher e não sua inimiga.
MENELAU (triste): Eu sei disso. Não estou triste pela vitória dela como você disse. Mas assim como ela conseguiu, eu também poderia ter conseguido. Percebi que ela ficou magoada por eu não demonstrar alegria pelo prêmio que ela recebeu. Mas eu não tinha coragem de explicar como me sentia, entende? Eu não cobiço o prêmio dela pra mim, pelo contrário. Desejo o melhor de tudo pra minha esposa.
ROMANO: Então pronto! Diga tudo isso a ela, talvez ela entenda. Aliás acho que vai entender; afinal ela te ama desesperadamente, alucinadamente, loucamente, desvairadamente e...
MENELAU (esperançoso): Então você acha que ela vai entender e perdoar?
ROMANO (confiante): Certamente. Coragem, homem! Procure a Izolita agora mesmo e explique a situação a ela. Talvez ela ainda fique um pouco chateada no início, mas isso passa.
Depois de um tempo pensativo, o cientista aceita o conselho do amigo e vai falar com a esposa. Começa cumprimentando-a pela laureação e disse estar feliz por ela mesmo que não parecesse.
IZOLITA (chateada): Então porque você não demonstrou isso na hora?
MENELAU (arrependido): Eu não sei direito. Sou reservado demais, você sabe. Tinha medo de te chatear ainda mais, então resolvi me calar. Nunca cobicei o seu prêmio pra mim, queria era ser premiado junto com você, entende? Me senti meio desprestigiado não por você ter conseguido e sim por eu não ter conseguido também. Me perdoa o egoísmo?
IZOLITA (calma): O que é seu é meu e o que é meu é seu. Não tinha porque você se sentir assim. Você ainda conseguirá um prêmio tão bom ou até melhor que o meu. Realmente foi um pouco de egoísmo da sua parte, mas acho que entendo o que você sentiu, apesar de não concordar.
Pediu um abraço à esposa, no que foi prontamente atendido, sendo beijado em seguida. Logo se sentiu perdoado por ela. Internamente, agradeceu ao amigo Romano, que apesar dos 20 e tantos anos de diferença de idade conseguiu ser mais maduro e ter uma visão mais clara das coisas que ele.
Pessoal, espero que tenham gostado da história. Ela fala de mais coisas do que aparenta a priori. Até mais!
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