Olá a todos! Hoje posto um texto depois de tempos só postando músicas (mesmo q elas passem mensagens pra quem tem a sensibilidade de perceber isso). Espero que tenham a paciência de lê-lo, pois ele é enoooorme.
'' Eu beberei o sangue da Sua coroa de dor e eles nos chamarão de insanos''.
Deborah Blando - Innocence
Já se perguntaram como foi que surgiu o Cristianismo? Como tudo começou? Talvez até saibam, mas... conhecem a história em profundidade? Bem, tudo teve início (o início do início) com as pregações de Jesus. Sua mensagem de amor ao próximo (Amai os vossos inimigos...), Suas exortações em torno do Reino dos Céus e tudo o mais tocaram o coração de muitos (e continua sendo assim até hoje). Seus apóstolos, após Sua ascenção aos Céus, saíram pelo mundo pregando as Boas-Novas e convertendo mais e mais pessoas. Paulo de Tarso, antes ferrenho perseguidor dos cristãos,também converteu-se à mensagem de Cristo após ter uma visão com Ele. Os cristãos passaram a ser perseguidos principalmente depois de Nero, pois os mesmos se negavam a adorá-lo como um deus. Houveram várias perseguições, umas mais brandas, outras mais intensas (sendo a principal a do imperador Diocleciano). Os imperadores romanos, depois da morte, eram cultuados pelo povo como deuses. Os bárbaros (me refiro aqui aos romanos apesar de eles usarem esse nome pra designar àqueles que viviam fora das fronteiras do Império e não falavam latim ou grego) não entendiam como alguém se recusava a cultuar a pessoa do imperador pra adorar um 'criminoso' (na concepção deles) condenado à pena capital... Seus seguidores, ao contrário, não pensavam assim. Na sua visão, Jesus era o Filho de Deus, aliás, como reza o Cristianismo até hoje, que veio pra salvar o mundo (o nome Jesus, em hebraico, significa 'aquele que salva') e não um criminoso como diziam os pagãos. Em certo sentido, os cristãos eram (ou podiam ser) tachados de insanos pelos romanos por causa da sua crença, por considerarem Filho de Deus um homem pregado numa cruz (por terem bebido o sangue da Sua coroa de dor). Também está registrado na Bíblia (Atos dos Apóstolos 19:24-41) a passagem que cita uma das viagens missionárias do apóstolo Paulo, mais especificamente a Éfeso, onde trabalhavam Demétrio (que fazia modelos de prata da deusa Diana) e outros ourives. Esses ourives viram seus negócios declinar rapidamente motivado pela adesão dos cidadãos à nova fé. Ou seja, não é que eles estivessem efetivamente preocupados com um eventual desrespeito à Diana mas sim com a queda acentuada de seus lucros. Falando nisso, recentemente a Campanha da Fraternidade dizia 'Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro' (Mateus 6:24). O dinheiro é um deus, por um acaso? Lógico que não! A maioria da Humanidade é que o trata tal e qual, dando-lhe um poder que compete exclusivamente a Deus: o poder da onipotência. São comuns frases como 'Dinheiro não é tudo, mas é 100%' ou 'Dinheiro não aceita desaforo' e por aí vai. Existe gente que simplesmente não consegue se ver sem $$$$. Mas voltando ao assunto principal, apesar das várias e cruéis perseguições sofridas, os cristãos resistiram e não paravam de se multiplicar. Primeiro, entre os escravos e a população mais carente, depois as famílias abastadas convertiam-se, de modo que qualquer perseguição revelava-se inútil e frustrada. Quanto mais os imperadores tentavam conter o crescimento do Cristianismo, tanto mais ele crescia. A forma como enfrentavam o martírio e as torturas mais violentas, servia para divulgar a palavra de Cristo e aumentava cada vez mais o número de praticantes. O governo de Roma percebeu que era inútil destruí-los e em 313, o imperador romano Constantino promulgou o Edito de Milão, que concedia-lhes liberdade de culto. Assim os cristãos puderam professar livremente sua fé e não mais precisavam ficar escondidos em catacumbas. A história é interessante: em 312, Constantino encontrava-se junto aos muros de Roma e invocou a ajuda do Deus cristão para vencer Licínio, seu rival ao trono imperial. Apareceu no céu uma cruz brilhante com os dizeres 'In hoc signo vincis' (Com esse sinal vencerás). Ele venceu, e em gratidão concedeu a liberdade do culto. O curioso é que o devoto imperador só se deixou batizar no leito de morte... Em 380, Teodósio proclamou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano, proibindo em 391 os cultos pagãos.''
Como se vê, esse é o início, bem resumido, é bem de ver, da história do Cristianismo. Como não sou historiador, então deixo como está. Espero aqui não ter cometido nenhuma heresia... Até mais, pessoal!
Ótimo Postagem!!!
ResponderExcluirSó que há alguns detalhes que precisam ser esclarecidos para melhor entendimento. Por exemplo:
Não devemos pensar naquela congregação do primeiro século como uma sociedade universal, organizada, com base no conceito que temos hoje quando falamos da igreja católica. Pelo simples fatode que tal sociedade praticamente não existia.
Ninguém pode corretamente discordar do fato de que a primitiva congregação cristã não tinha nenhuma semelhança com os sistemas institucionalizados das igrejas de hoje. Mas ela era organizada. As congregações não operavam como unidades independentes. Todas reconheciam a autoridade de um corpo governante sediado em Jerusalém. Esse corpo — composto pelos apóstolos e por anciãos da congregação em Jerusalém — ajudava a preservar a unidade da congregação como “um só corpo” de Cristo. — Efésios 4:4, 11-16; Atos 15:22-31; 16:4, 5.
O que aconteceu foi que logo depois da morte dos apóstolos, instrutores apóstatas, de dentro da própria congregação, começaram a dominá-la. Falavam “coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos”. (Atos 20:29, 30) O resultado foi que muitos cristãos ‘se desviaram da fé’. Foram “desviados para histórias falsas”. — 1 Timóteo 4:1-3; 2 Timóteo 4:3, 4.
Antes do término do quarto século EC, diz The New Dictionary of Theology, “o cristianismo católico havia se tornado a religião oficial do Império Romano”. Houve uma “união entre a sociedade eclesiástica e a civil” — uma fusão da Igreja com o Estado, diametralmente contrária às crenças dos primitivos cristãos. (João 17:16; Tiago 4:4) A mesma publicação declara que, com o tempo, a inteira estrutura e natureza da igreja, bem como muitas de suas crenças fundamentais, passaram por mudanças radicais, “sob a influência de uma combinação estranha e completamente nociva de padrões do A[ntigo] T[estamento] com padrões neoplatônicos”. Conforme predito por Jesus Cristo, à medida que os falsos cristãos floresciam, os verdadeiros discípulos ficaram ofuscados.
Então foi dai que ocorreu o corrompimento.
Se puder dá uma olhada nesse link.
http://www.watchtower.org/t/20060901/article_01.htm
Ele mostra se há algum beneficio em seguir uma religião. Excelente artigo!!!Espero que gostei!!!
Primeiro agradecer ao convite, vou procurar não me posicionar historiograficamente, até pra não cometer qualquer equívoco "de minha parte".
ResponderExcluirPost muito bem escrito, contempla diversas passagens do Evangelho, entretanto, por questões de objetividade, torna-se bastante superficial/parcial. Sobretudo, nos "termos" que evoca para se referir aos sujeitos envolvidos na trama, seria interessante que procurasse objetivar os dois pontos de vista separadamente. Ponto de vista cristão x Romano, e perceber ambos em suas individualidades, de outra forma a confusão impera, os conceitos utilizados por uns passam a ser utilizados contra o outro com a mesma carga preconceituosa, etc e tal.
No mais, um excelente texto promocional-expositivo, bastante didático.
Meus cumprimentos ao Autor.
Forte Abraço,
Ass:Perseu
Olá a todos! Primeiro, quero agradecer aos q comentaram pelas suas observações. Entretanto acho que fui mal interpretado em algumas coisas. Primeiramente, nunca quis denegrir a imagem de Jesus. 'Segundamente', quis me isentar o máximo possível e não 'puxar a sardinha' nem pra A, nem pra B, nem pra C. 'Terceiramente', tentei não ser historicista e realmente, por questões de objetividade, resumi muito o tema. Talvez tenha exagerado um pouco na acidez, mas o blog tem o nome de 'Exageros', né? Espero ter esclarecido as coisas! Até mais, pessoal!
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