domingo, 29 de janeiro de 2017

Les blessures qui ne se voient pas

Olá a todos! Ah, o francês... Há quem não o ache uma língua bela e/ou romântica, mas gosto não se discute. Hoje trago a bela 'Les blessures qui ne se voient pas' (As feridas que não se veem, em português) do francês Florent Mothe. O clipe é interessante: enquanto caminha, o cantor observa algumas pessoas aparentemente desanimadas e depois as pessoas começam a dançar em lugares tão improváveis quanto uma loja ou um restaurante. Sem contar a cena da dança na rua (não confundir com dança DE rua).



Il y a des souffrances qui pèsent des tonnes
Existem sofrimentos que pesam toneladas
Et que ne pas que tout espoir nous abandonne

E que toda a esperança não nos abandone
On joue le rôle de celui pour qui tout va bien

Fazemos o papel daquele pra quem tudo vai bem
Pourvu que les autres n'en sachent rien

Desde que os outros nada saibam disso
On fait au mieux pour sauver la face

Fazemos o melhor pra salvar a face
Pour que notre entourage ignore par où l'on passe

Porque nossos vizinhos ignoram por onde passamos
On rit on danse on fait les fous comme à Venise

Rimos dançamos fazemos os loucos como em Veneza
Mais quoiqu'on fasse, mais quoiqu'on dise
Mas o que eles fazem, mas o que eles dizem
Les blessures qui ne se voient pas

As feridas que não se veem
Nous font du mal bien plus que toutes les autres

Nos magoam bem mais que todas as outras
On les enferme au fond de soit

Nós as encerramos no fundo do ser
Mais est-ce que toute une vie on les supporte?
Mas o que é toda uma vida que suportamos?
L’orgueil nous aide à tenir le coup

O orgulho nos ajuda a segurar o golpe
Apparemment on pourrait même faire des jaloux

Aparentemente poderíamos mesmo fazer os ciumentos
C'est à nous même que l'on se joue la comédie

É pra nós mesmos que encenamos a comédia
Pour s'inventer qu'on est guéri
Pra inventar que estamos curados
Les blessures qui ne se voient pas

As feridas que não se veem
Nous font du mal bien plus que toutes les autres
Nos magoam bem mais que todas as outras
On les enferme au fond de soit
Nós as encerramos no fundo do ser
Mais est-ce que toute une vie on les supporte ?Mas o que é toda uma vida que suportamos?
Ces blessures là qui ne se voient pas
Essas feridas aqui que não se veem
Il y a des souffrances qui pèsent des tonnes

Existem sofrimentos que pesam toneladas
Et que ne pas que tout espoir nous abandonne
E que toda a esperança não nos abandone
Il faut se dire que tôt ou tard on va guérir
É preciso dizer que cedo ou tarde nos curaremos
Les blessures qui ne se voient pas

As feridas que não se veem
Parfois semblent avoir perdu nos trace
Às vezes parecem ter perdido nossos traços
Et quand on ne s'y attend pas

E quando não estamos esperando
Sans que jamais les autres le sachent

Sem que jamais os outros o saibam
Elles remontent à la surface

Elas remontam à superfície
Et nous fusillent une fois encore

E nos fuzilam mais uma vez
Les blessures qui ne se voient pas

As feridas que não se veem
Qui nous font du mal bien plus que toutes les autres
Que nos magoam bem mais que todas as outras
Ces blessures là qui ne se voient pas

Essas feridas aqui que não se veem



Todos nós temos ou já tivemos nossos sofrimentos que pesam toneladas, quem nunca? Ei, você aí! Onde pensa que vai? Não podes fugir: as feridas fazem parte da vida. Mas podemos escolher entre deixá-las inflamar ou curá-las. A escolha é sempre nossa e não de outrem. As cicatrizes são mostras de que vencemos apesar de muita coisa ter sido contra nós. Espero que tenham curtido o primeiro post do ano. Até mais, pessoal!