domingo, 15 de julho de 2018

Líderes poliglotas

Olá a todos! Trago-vos hoje alguns líderes, sejam eles políticos ou religiosos, fluentes em outros idiomas. Afinal, não basta ter capacidade de liderança e saber gerir um país, reino ou instituição religiosa, é preciso saber se comunicar com outros povos também. Afinal, grandes líderes tem que ser inteligentes e ter a noção de que nem todo mundo fala a sua língua. Ao final, temos dois bônus: não se tratam de dirigentes mas de pessoas que tem estreita relação com eles.

Cleópatra


A eterna rainha do Egito passou à História como uma mulher bela e atraente que encantava os homens mas para além de todas as lendas e fatos verídicos acerca de sua pessoa era também uma governante habilidosa e poliglota! As fontes divergem, mas é consenso (ou quase) que ela falava grego, egípcio, arameu, hebraico, etíope, árabe, siríaco e língua meda. Há quem diga que ela também falava latim e a língua dos trogloditas (habitantes de cavernas, falavam um idioma cheio de estalos como algumas línguas do sul da África).

Pedro II do Brasil


Sua Majestade Imperial estudou e falava muitos e muitos idiomas além do seu nativo português, dentre eles espanhol, inglês, alemão, francês, latim, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi. Sua paixão por linguística o levou a não só falar mas também a escrever em várias línguas, aprendendo-as por toda a vida, e também repassou sua primorosa educação às filhas: as princesas Leopoldina e Isabel eram fluentes em outras línguas e tinham conhecimento amplo sobre vários assuntos.

Elizabeth (Isabel) I da Inglaterra


Conhecida como 'Boa Rainha Bess', 'Gloriana' ou 'A Rainha Virgem', a monarca tornou a Inglaterra um dos países mais poderosos do mundo durante seus longos quase 45 anos de reinado: antes um país pobre e repleto de disputas religiosas, no fim de seu reinado era uma nação forte e próspera. Sua Majestade aprendeu várias línguas desde a infância: inglês, francês, flamenco, italiano, espanhol, latim, grego, galês, córnico, galês e irlandês. Talvez ela não falasse realmente todos elas ou sim, tendo diferentes graus de fluência. Além disso ela também era apaixonada por esportes. tocava alguns instrumentos musicais e traduziu obras para o latim e o inglês. Nome Elizabeth, sobrenome talento!

Papa João Paulo II 


Líder da Igreja Católica entre 16/10/78 e 02/04/05 (26 anos, 5 meses e 17 dias - o terceiro pontificado mais longo) Karol Józef Wojtyła foi o primeiro papa polonês e eslavo, sendo também o primeiro não-italiano desde 1522, quando do fim do pontificado do holandês Adriano VI. Foi canonizado pelo Papa Francisco em 27/04/14 e dua festa litúrgica é em 22 de outubro. São João Paulo II sabia falar polonês, italiano, francês, alemão, português, russo, ucraniano, latim, grego clássico, servo-croata e esperanto, além de ter conhecimentos básicos em tcheco, lituano, russo, húngaro, japonês, filipino e algumas línguas africanas. É mole ou quer mais?

Mitrídates VI do Ponto


O Ponto era um reino situado na região da Anatólia, na atual Turquia. Alegadamente o rei falava mais de 20 idiomas, dentre eles grego, macedônio (não o atual, e sim o antigo), persa, latim, egípcio, sânscrito, línguas da Anatólia e muitas outras, o que o permitia falar com os soldados de seu enorme exército no idioma nativo de cada um. Uma curiosidade: é do seu nome que vem o termo mitridatismo, que é a prática de administrar-se pequenas e progressivas doses de veneno a fim de imunizar-se contra os mesmos.


Bartolomeu I de Constantinopla



O patriarca da Igreja Ortodoxa de Constantinopla nasceu como Dimitrios Archontónis (Δημήτριος Αρχοντώνης) e apesar do nome grego nasceu na ilha de Gökçeada, que pertence à Turquia. Foi entronizado em 1991 e mantém forte diálogo com outras religiões, notadamente Judaísmo e Islamismo. É fluente em grego moderno, turco, italiano, alemão, francês e inglês, além de ter conhecimento de grego antigo e latim.


Agora vamos a poliglotas que não são líderes de países ou instituições religiosas mas tem relação direta com os mesmos:

Bônus¹: Rainha Sílvia da Suécia


A rainha consorte da Suécia é filha de pai alemão e mãe brasileira e tornou-se rainha quando se casou com Carl XVI Gustav da Suécia na década de 70. Disseram à época que a música Dancing Queen, do grupo sueco ABBA, foi feita em sua homenagem, mas foi só uma coincidência. Sua Majestade é fluente em seis idiomas: português, alemão (suas línguas nativas, pois viveu quase toda a infância no Brasil e a adolescência na Alemanha), sueco, espanhol, francês e inglês, além de saber a língua de sinais sueca.


Bônus²: Rainha Fabíola da Bélgica


Nascida no seio de uma família nobre da Espanha e ostentando o nome (enorme, como era comum à nobreza e também à realeza) de Fabíola Fernanda Maria das Vitórias Antônia Adelaida de Mora y Aragón. Casou no início da década de 50 com Balduíno I da Bélgica e não teve filhos. Era fluente em espanhol, holandês, francês, italiano, inglês e alemão.

Bônus³: Melania Trump


Nascida Melanija Knavs (hoje ela assina Melania Knauss-Trump), a atual primeira-dama dos EUA nasceu na Eslovênia, foi voluntária da Cruz Vermelha, e é a segunda esposa de um presidente daquele país que não nasceu lá (a primeira foi a inglesa Louisa Adams, esposa de John Quincy Adams, sexto presidente americano). Ela fala, além do seu nativo esloveno, inglês, francês, italiano, alemão e servo-croata.


FONTES: Wikipédia, site Verdade Mundial, site Quora (em inglês), site Tudor Brasil, revista Babbel, site Share America (em português)


É língua demais, meu povo! Ser um chefe de estado ou instituição religiosa passa necessariamente pela comunicação e ter conversas e reuniões com pessoas de outros lugares que não falam sua língua. Eles mostram que dá pra dispensar o intérprete quando possível kkkkk! As primeiras-damas e rainhas consortes não ficam muito atrás dos maridos. Espero que tenham gostado. Até mais, pessoal!