segunda-feira, 31 de março de 2014

Mulheres Incríveis: Irena Sendler

Olá a todos! Fechando as homenagens ao Mês da Mulher hoje vamos conhecer a história de uma mulher que em nome de uma grande causa arriscou a própria vida: Irena Sendler. Graças a ela mais de 2500 crianças judias livraram-se do horror dos campos de concentração na II Guerra. Essa podemos chamar de heroína com H maiúsculo, um exemplo pra todos nós. Ela dizia que:

"A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou a sua nacionalidade".


Era o que devia ser o pensamento de cada um mas infelizmente não existe muita gente disposta a seguir seu exemplo e fazer pelo menos um décimo do que ela fez.

A ativista católica Irena Sendlerowa nasceu em 15/02/1910 sob o sobrenome Krzyzanowska em Varsóvia. Quando seu país foi ocupado pela Alemanha em 1939 ela trabalhava como assistente social no Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia e trabalhava com enfermeiras organizando espaços comunitários onde proporcionava comida, roupas, medicamentos e dinheiro a órfãos, anciãos e pobres. Ali ela trabalhava incansavelmente para aliviar o sofrimento tanto de judeus como de católicos.

Irena na época da II Guerra e em 2005, poucos dias antes de completar 95 anos

Uniu-se à Zegota (Conselho de Ajuda aos Judeus) e sempre carregava uma braçadeira com a estrela de Davi pra não chamar atenção. Como os nazistas tremiam de pavor de uma epidemia de tifo, permitiam que os poloneses tivessem acesso ao Gueto de Varsóvia. Valia tudo pra salvar as crianças: inteligente como ela só, ela os escondia em sacos, caixas de ferramentas, etc e tal. Também mantinha um cachorro atrás da caminhonete treinado pra latir caso um soldado da Gestapo chegasse perto. Engenhosidade potência máxima! Claro que não era fácil convencer as famílias a deixá-la fugir com as crianças, afinal não havia garantia que as crianças sobreviveriam. Imaginem a dor dessas famílias e também de Irena e suas companheiras... Ela anotou o nome de cada criança e também das famílias que as abrigaram e enterrou no quintal de uma vizinha em potes de vidro.

'Herois fazem coisas extraordinárias. O que eu fiz não foi uma coisa extraordinária. Foi normal.'

Capturada em 1943, foi barbaramente torturada pelos nazi a fim de que revelasse onde estavam escondidas as crianças judias que ela havia salvo. Teve os pés e as pernas quebradas mas os alemães não conseguiram quebrar sua determinação. Num colchão de palha ela encontrou uma estampa de Jesus Misericordioso com os dizeres 'Jesus, em Vós confio' e ficou com.ela até 1979 quando a ofereceu ao Papa João Paulo II. Escapou graças à conivência de um soldado alemão devidamente subornado pela Zegota. As crianças a conheciam pelo nome de código 'Jolanta' e só anos depois ela foi encontrada pelas crianças agora adultas que ela salvou. Suas ações durante o conflito foram retratadas no telefilme 'The Courageous Heart of Irena Sendler' (O Coração Corajoso de Irena Sendler, em português) com Anna Paquin, a Vampira da trilogia 'X-Men' e a Sookie da série 'True Blood' , no papel principal. Irena morreu em 12/05/2008 aos 98 anos e nunca se considerou uma heroína.

FONTES: Wikipédia (a enciclopédia livre), Fatos Desconhecidos (via Facebook).


Cartaz do telefilme 'O coração corajoso de Irena Sendler' (2008) com Anna Paquin

Ela foi indicada ao Nobel da Paz mas não ganhou o prêmio, quem ganhou foi o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore. Um absurdo!!! Nada contra ele, ele tem um trabalho incrível em favor do meio ambiente e tal, mas convenhamos que Irena merecia mais! Aliás essa senhora tem minha eterna admiração. Pessoas como ela merecem mais que um Nobel, merecem o respeito e a admiração de todos. Nós fazem crer que a humanidade ainda tenha salvação. Então me respondam: Irena Sendler era ou não uma mulher incrível? Até mais, pessoal!

sexta-feira, 28 de março de 2014

Mulheres Incríveis: Cleópatra

Olá a todos! Ainda em homenagem ao Mês da Mulher hoje falemos de uma que ficou marcada no imaginário popular: Cleópatra VII, a mais famosa rainha do Egito. Mas não a da Elizabeth Taylor (kkkkk)! Ok, ela é um clássico do cinema mas apesar dos seus belos olhos violeta vou falar da Cleópatra da vida real. Se atualmente conhecemos só a rainha bela e voluptuosa isso se deve às telonas.

Busto de Cleópatra exposto em Berlim
Cleópatra Thea Filopator nasceu no ano 69 a.C. em Alexandria (Egito), era filha de Ptolomeu Auletas e sua mãe possivelmente também se chamava Cleópatra. Tinha 5 irmãos: Berenice IV, Cleópatra VI Trifena, Ptolomeu XIII, Ptolomeu XIV e Arsínoe. Se casou com os irmãos (eita!) Ptolomeu XIII e XIV como era costume na época e dividiu o poder com ele. Era uma grande negociante e estrategista, falava 6 idiomas fluentemente, conhecia arte, cultura e literatura gregas mas se tornou conhecida principalmente pela beleza e sensualidade.

Alguns estudiosos dizem que ela não era assim uma beldade. Não que ela fosse um dragão porém estava meio longe de ser a estonteante femme fatale retratada na Sétima Arte: moedas antigas mostram que tinha queixo grande e nariz proeminente. E mais: ela não tinha sequer uma única gota de sangue egípcio nas veias! Ela descendia de gregos, macedônios e persas, mas há quem diga que em suas veias na realidade corria sangue africano e que na realidade ela seria mais ou menos assim:

 Se assim é a feia, imagine como será a bonita...

Bem, vocês dirão que ela ainda é bela. Concordo, se ela realmente era assim os estudiosos estão sendo preconceituosos. Pouco importa se ela era branca, negra, azul ou amarela. O mito ficou maior que a mulher. Como ninguém conhece sua real aparência o que chegou à nossa imaginação foi a figura alabastrina de Elizabeth Taylor. Segundo o historiador grego Plutarco a atração que ela exercia sobre os homens era fruto de sua inteligência viva e brilhante capaz de cegar. Outros estudiosos dizem que ela era assim:

Imagem em 3D do rosto da rainha a partir de moedas antigas revela mistura de etnias

E como a vida dela é cercada de lendas... Vejamos algumas:
- Se apresentou a Júlio César enrolada num tapete (parecia mais embrulhada pra presente, kkkk)
- Tomava banhos de leite e mel (sim, eles fazem muito bem à pele)
- Dissolvia pérolas no vinho (por incrível que pareça é possível)
- Se matou deixando-se picar por uma serpente (essa é de lascar)

Depois de virar amante de Júlio César, ter um filho com ele (Cesarion), enviuvar do irmão-esposo (vida movimentada hein) ela casou (há controvérsias) com Marco Antônio e tiveram os gêmeos Cleópatra Selene e Alexandre Hélio, além de Ptolomeu Filadelfo. O ocaso do distinto casal veio em 30 a.C. quando ele foi derrotado na batalha naval de Actium e suicidou-se depois. A rainha fez o mesmo e o Egito se tornou definitivamente província romana.

FONTES: Wikipédia (a enciclopédia livre), Revistas História Viva, Guia do Estudante, sites HypeScience e Ego Notícias, blogs Quintal da Bruxa e Lendas e Mistérios.

Liz Taylor como Cleópatra (1963)
Seja a rainha mítica, seja a beldade estonteante do cinema ou a mulher real o fato é que Cleópatra exerce fascínio sobre muita gente. A mais famosa de todas as rainhas foi retratada por mais de trocentas maneiras diferentes. Uma mulher que se tornou atemporal e cuja vida suscitam curiosidade a tantos historiadores e artistas. Apaixonante seja pela beleza ou inteligência. Enfim, não há como negar que ela tinha (e ainda tem) o poder! Vida longa à rainha! Me digam: Cleópatra era ou não uma mulher incrível? Até mais, pessoal!

domingo, 23 de março de 2014

Mulheres Incríveis: Maria Sklodowska Curie

"Ela foi a única pessoa a quem a glória não corrompeu".

Olá a todos! Dando mais uma vez continuidade às homenagens ao Mês da Mulher falemos hoje de uma que revolucionou a ciência: Maria Salomea Sklodowska. Nunca ouviram falar dela?! Aí vai uma pista: foi ela quem descobriu mais dois elementos químicos. Outra pista: ela ganhou dois prêmios Nobel, um de Física e um de Química. Ainda nada? Pudera: ninguém a conhece por seu nome de batismo. Mas todos já ouviram falar de Marie Curie, certo? Poderíamos até chamá-la de Rainha do Rádio. Então conheçamo-la melhor.


Maria Salomea Sklodowska (mais tarde Curie) nasceu em Varsóvia em 07/11/1867 e era a mais nova de cinco filhos do casal de professores Wladyslaw e Bronislava. Foi seu pai quem a introduziu nos estudos científicos em casa pois na época a Polônia pertencia à Rússia e esta havia proibido o ensino científico em solo polonês. Ela estudou em uma instituição clandestina que admitia mulheres. Tempos depois, ela e sua irmã Bronya fizeram um acordo: a última estudava em Paris e a primeira trabalhava pra custear seus estudos e quando Bronya se formasse seria sua vez de fazer o mesmo por Maria. E assim nossa heroína trabalhou como governanta na casa dos Zorawski, que eram parentes do seu pai. Acabou se apaixonando por Kazimierz Zorawski mas a família dele não quis o enlace por ela ser pobre. Depois, já no início da década de 1890, sua irmã e o marido a convidaram pra morar com eles em Paris mas a moça estava a nenhum. Apenas um ano depois é que ela conseguiu os recursos necessários e rumou à Cidade Luz atrás do seu sonho.


Sua vida em Paris não era mesmo das melhores: passava a pão, chá e manteiga (possivelemente quando os tinha). A cientista até chegou a desmaiar de fome devido aos poucos recursos. Mas depois sua vida mudaria completamente: casou em 1895 com Pierre Curie e tornou-se Maria Sklodowska Curie. Tiveram duas filhas: Irène, também cientista e ganhadora de um Nobel com o marido Frédéric Joliot, e Ève Denise, que escreveu uma biografia da mãe que virou filme em 1943. Ele era professor e foram apresentados por um amigo em comum. Pierre apaixonou-se imediatamente pela polonesa mas ela relutou em aceitar se casar, mesmo correspondendo, mas no fim cedeu e subiu ao altar com ele. Junto ao marido e também ao francês Antoine Becquerel ela ganhou o Nobel de Física em 1903 pela descoberta do rádio e do polônio. Em 1911 ela se tornou apenas a primeira pessoa e também a primeira mulher a ganhar DOIS Nobel em duas áreas científicas distintas, recorde que até hoje é dela (tudo bem que Linus Pauling também ganhou dois Nobel (Física e Paz) mas em termos de ciência a Rainha do Rádio ainda é absoluta)! Quando ganhou o Nobel de Química ela não patenteou a descoberta, dando permissão pra que todos da comunidade científica fizessem uso da recém-descoberta radioatividade. Isso que é altruísmo! Por isso que Einstein disse a frase que abre o post. Realmente a glória não a corrompeu!!!

Marie e seu esposo Pierre Curie

Depois que Pierre morreu atropelado por uma carruagem em 1906 ela o sucedeu na cadeira de Física Geral da Sorbonne. Posteriormente ela se envolveu com o físico Paul Langevin. Ele era casado e o escândalo acabou gerando reações xenófobas devido a ela ser polonesa. Ora, os grandes gênios também tem o direito de errar. Ironia do destino ou não, o neto dele acabou se casando com a neta dela anos depois... Marie Curie morreu em 04/07/1934 de leucemia possivelmente causada por anos de exposição maciça aos sais de rádio. Até hoje seus cadernos de anotação não podem ser manipulados por causa da altíssima concentração desses sais.

A cientista e suas filhas Irène e Ève Denise

FONTES: Wikipédia (a enciclopédia livre) e Revista Superinteressante.


Por tudo isso se pode dizer que ela foi e continua sendo uma pioneira, um exemplo a muitas pessoas que querem enveredar pelo caminho da ciência. Primeira pessoa a ganhar dois Nobel, primeira mulher a ter o cargo de professora numa universidade francesa... Sem falar em sua determinação e afinco nos estudos. Isso a ajudou a ir bem longe. Enfim, Marie Curie é ou não uma mulher incrível? Até mais, pessoal!

domingo, 16 de março de 2014

Mulheres Incríveis: Nzinga Mbandi

Olá a todos! Dando continuidade às homenagens ao Mês da Mulher conheçamos hoje a história de Nzinga Mbandi (pronunica-se inzinga imbandi), a poderosa rainha africana que barrou o avanço colonialista português em Angola no século XVII. Avante, exagerados!

Até que ela era bonita, né?

Nzinga Mbandi nasceu provavelmente entre os anos 1580 e 1583 (dependendo da fonte). Os profetas do reino vaticinaram que caso ela chegasse à idade adulta os rios do reino seriam inundados de sangue e homens brancos viriam do mar e que haveria todo tipo de tragédias. Tenso... Bem, ela foi treinada pelo pai para ser uma rainha guerreira mas quem assumiu o trono foi seu irmão Kia, e uma das primeiras medidas dele foi mandar matar o filho único da irmã pois ele era concorrente em potencial ao trono. Ironicamente foi ele quem abriu as portas à brilhante carreira diplomática da futura rainha: não havia ninguém capacitado o suficiente para negociar um acordo de paz com os portugueses, então ele mandou a irmã! O mundo dá mesmo voltas... Foi recebida com toda a pompa e circunstância que uma embaixatriz merece mas ao chegar ao recinto onde estava o governador de Angola viu que só tinha uma cadeira e algumas almofadas no chão. A mulher não deixou por menos: ordenou a uma escrava que se ajoelhasse...

...E sentou-se sobre a coitada!

Depois da morte do irmão e a consequente ascensão dela ao trono, Nzinga realizou sua mais bem feita manobra política: a união com os terríveis inimigos jagas. Com isso acabou adotando alguns costumes da tribo rival em nome dessa aliança, entre eles o canibalismo. Inclusive ela aliou-se até aos holandeses. Valia tudo para seus súditos não perderem a liberdade e nem ela sair do trono. Não aceitava submissão aos lusos, não pagava impostos. Era uma rainha que adorava subverter tradições: ela obrigava os amantes a se fantasiarem de mulher (eita!) enquanto ela estava travestida de homem. Era uma forma de reafirmar seu poderio numa sociedade que não aceitava uma mulher como soberana. Ainda mais ela sendo filha de mãe escrava, o que era uma mancha grave na sua ficha pois todo o poder se baseava nas relações de parentesco. Portugal só conseguiu dominar Angola plenamente (ou quase) só depois que ela morreu (God save the queen!)! Zumbi dos Palmares, contemporâneo seu que com certeza adoraria tê-la conhecido, diria que ela merece!

Cena da mini série angolana sobre Nzinga com a atriz Lesliana Pereira no papel principal

Óbvio que sua relação com os lusos não foi sempre um mar de rosas: inclusive ela teve duas irmãs (Bárbara e Engrácia) aprisionadas por eles. Enfim, existem contradições em sua biografia, afinal todo ser humano é contraditório (talvez isso seja uma das coisas que nos faça humanos): ela lutou pra que seu povo não fosse escravizado mas vendeu os próprios escravos aos portugueses; defendeu a religião do seu povo porém adotou muitos costumes católicos (ela até foi batizada e recebeu o nome D. Ana de Sousa); abraçou uma cultura diferente pra se aproveitar do poderio militar dos jagas. Tinha tudo pra fracassar mas se tornou uma das maiores governantes da história da África, uma referência até hoje.

FONTES: Wikipédia (a enciclopédia livre), Revista Superinteressante, site Ritos de Angola.


Como se vê, a soberana Nzinga tinha muita personalidade. Admirada e respeitada por Portugal ela se tornou um ícone na África. Apesar de ser praticamente uma ilustre desconhecida aqui no Brasil, em Angola ela é venerada. Ela era ou não uma mulher incrível? Até mais, pessoal!

terça-feira, 11 de março de 2014

Mulheres incríveis: Anastásia Mikhailovna da Rússia

Olá a todos! Dando continuidade às homenagens ao Mês da Mulher falemos hoje de uma que sem sombra de dúvida foi uma mulher à frente do seu tempo em vários sentidos: Anastásia Mikhailovna da Rússia. Sendo um membro da realeza era de se esperar que ela fosse uma mulher fechada em si mesma totalmente cheia de pudores e normas engessadas de etiqueta. Mas nossa heroína adorava chocar a sociedade... Acompanhem a fascinante vida dessa fascinante mulher que definitivamente foi uma libertária.


Anastásia Mikhailovna (Анастасия Михайловна em alfabeto cirílico) nasceu em 28/07/1860 em São Petersburgo e era tratada na família por 'Stassie'. Seus pais eram o grão-duque Miguel Nikolaevich e da grã-duquesa Olga Feodorovna (nascida Cecília de Baden). Quando seu pai se tornou vice-rei do Cáucaso ela se mudou com a família para Tífilis (Geórgia) e foi criada lá. Enquanto o pai estava sempre ausente com as questões militares, a mãe educou a ela e aos irmãos com mãos de ferro. Sendo assim ela era o centro do carinho que os irmãos não tiveram dos pais. Era alta, magra, cabelo negro, olhos verdes orientais e falava alemão, inglês, francês e russo.

Com quase 18 anos seu casamento foi arranjado com Francisco Frederico, então herdeiro do ducado de Mecklemburgo-Schwerin (Alemanha). Apesar de todas as qualidades ele tinha saúde frágil: tinha asma e eczemas na pele que o obrigavam a ficar meses de cama. Imaginem a cara de horrorizada da nossa querida Stassie... Some-se a isso o fato de seus irmãos serem contra o casamento. Aí já viu! Mesmo assim o casamento se realizou e lá se foi ela a seu novo lar, lugar que ela particularmente detestava. Inclusive ela nunca escondeu isso e fazia questão de ficar o menor tempo possível por lá e o povo a detestava por esse motivo. A doença do marido era a desculpa perfeita pra isso: em busca de um clima mais quente e confortável pra ele, passava muito tempo na Itália e na França. Falava francês com o marido e inglês com os 3 filhos (isso mostra a antipatia insuperável que ela sentia pela Alemanha...). Em 1897 ele aparentemente sofreu um acidente e morreu, embora muitos acreditassem que na verdade ele se suicidou.

'Perdi o meu melhor amigo', disse Anastásia sobre a morte do marido

Depois de enviuvar, ela curtiu a vida adoidado: se esbaldava em festas e cassinos, se bem que ela já era frequentadora de mesa de jogo quando ainda era casada. A despeito de sua idade (lembremos que pessoas com 40 anos em diante eram consideradas velhas na época) ela pintava e bordava nos salões. Mas sem dúvida o maior escândalo em que Anastásia se envolveu foi ter um filho com seu secretário pessoal Vladimir Alexandrovich Paltov. E pra disfarçar a gestação, haja criatividade: primeiro disse que estava com um tumor e prestes a dar à luz falou que estava com sarampo e precisava ficar de quarentena. Enfim Alexis Louis de Wenden nasceu e ela o criou sozinha. Já seus filhos mais velhos a essa altura estavam muito bem: Alexandrina virou rainha da Dinamarca enquanto Cecília se tornou imperatriz alemã e Francisco Frederico IV se tornou o chefe reinante do ducado de Mecklemburgo-Schwerin.

Virou amiga íntima de Félix Yussupov (que além de podre de rico ainda se casaria com sua sobrinha Irina Alexandrovna). Todos os dias ela visitava Félix em seu apartamento e lia jornais enquanto ele se trocava no quarto. E ai dele se não estivesse em casa: ela mandava os criados esquadrinharem Paris atrás dele até encontrá-lo (isso quando não era ela mesma quem virava a Cidade Luz do avesso à sua procura). Com a eclosão da I Guerra, criou-se um problema pra ela: não podia ficar na França por ser considerada princesa alemã nem na Alemanha (putz!) porque além de muita gente querer vê-la pelas costas ela era considerada princesa russa por lá. Lhe restou ficar na neutra Suíça (mais especificamente Lausanne). Morreu de trombose aos 61 anos em 11/03/1922 depois de participar de um baile.



FONTE: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Podemos dizer que Anastásia curtiu a vida adoidado: nossa heroína marcou época num tempo em que as mulheres só podiam ser quando muito esposas e mães com raras exceções. Viveu, amou, dançou como se cada dia fosse o último. A época que ela vivia era outra mas o cargo era o mesmo: princesa. E muita menina por aí pensando que ser princesa é fácil... A vida de Stassie mostra que a vida de uma era (e ainda é) bem diferente das visões romanceadas dos contos de fada. As filhas de reis e imperadores tem um sem número de protocolos a seguir principalmente se forem de uma dinastia reinante. Mas agora respondam-me: Anastásia Mikhailovna era ou não uma mulher incrível? Até mais, pessoal!

sábado, 8 de março de 2014

Girls just wanna have fun

Olá a todos! Como hoje é 8 de março e todos sabem o que essa data significa posto em homenagem a vocês mulheres uma canção que sem dúvida é um clássico: 'Girls just wanna have fun' (Garotas só querem se divertir, em português) do ano de 1983 e cantando por Cyndi Lauper. Essa é considerada um verdadeiro hino do feminismo e sem dúvida marcou a carreira da cantora e também gerações de fãs, além da indústria fonográfica. Parabéns meninas, vocês merecem todas as homenagens!



I come home in the morning light
Volto pra casa com a luz da manhã
My mother says: 'When you gonna live your life right'
Minha mãe diz: 'Quando você vai viver sua vida direito?'
Oh mamma dear, we're not the fortunate ones
Oh mamãe querida, nós não somos afortunados
And girls, they wanna have fun
E garotas, elas querem se divertir
Oh, girls just wanna have fun
Oh, garotas só querem se divertir
The phone rings in the middle of the night
O telefone toca no meio da noite
My father yells: 'What you gonna do with your life?'
Meu pai grita: 'O que você vai fazer com a sua vida?'
Oh daddy dear, you know you're still number one
Oh papai querido, você sabe que ainda é o número um
But girls, they wanna have fun
Mas garotas, elas só querem se divertir
Oh, girls just wanna have...
Oh, garotas só querem ter...
That's all they really want
É isso que todas elas realmente querem
Some fun when the working day is done
Alguma diversão quando o dia de trabalho acaba
Girls, they wanna have fun
Garotas, elas querem se divertir
Oh, girls just wanna have fun
Oh, garotas só querem se divertir
Some boys take a beautiful girl
Alguns garotos pegam uma garota bonita
And hide her away from the rest of the world
E a escondem do resto do mundo
I wanna be the one to walk in the sun
Eu quero ser alguém pra andar no sol
Oh girls, they wanna have fun
Oh garotas, elas só querem se divertir
Oh, girls just wanna have...
Oh, garotas só querem ter...
That's all they really want
É isso que todas elas realmente querem
Some fun when the working day is done
Alguma diversão quando o dia de trabalho acaba
Girls, they want to have fun
Garotas, elas só querem se divertir
Oh, girls just want to have fun,
Oh, garotas só querem se divertir,
They wanna have fun...
Elas querem se divertir...

Curiosidades sobre a canção e seu clipe (momento cultura inútil, kkkkk):
1. A mãe de Cyndi no clipe é sua mãe na vida real, Catrine.
2. Seu pai no clipe era o ex-lutador e empresário 'Captain' Lou Albano (1933-2009).
3. O irmão da cantora, Butch, também participou do vídeo.
4. A canção foi originalmente composta por um homem, Robert Hazard, que a escreveu sob o ponto de vista masculino. Cyndi alterou ligeiramente a letra para o ponto de vista feminino.
5. O vestido usado por ela no início do vídeo foi leiloado (não sei o valor).

Qualquer coisa dita pra homenagear esses seres especiais é pouco, então só tenho a dizer, além de todas as palavras possíveis e que muitas já escutaram, apenas um Feliz Dia Internacional da Mulher, meninas! Vocês merecem! Até mais, pessoal!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Mulheres Incríveis: Maria


Olá a todos! Como esse mês é o mês da mulher falarei sobre algumas mulheres interessantes que deixaram sua marca seja na História (as conhecidas de todos) seja na vida de quem as conheceu (as que não são tão conhecidas de todos). Hoje falo de uma que definitivamente marcou a História em vários sentidos: Maria, a mãe de Jesus. Claro que vocês conhecem um pouco de sua biografia por meio da Bíblia, então não vou repetir pela enésima vez o que todos já sabem. Mas vamos a algumas curiosidades não sabidas ou não lembradas.


Segundo vários estudos Maria nasceu cerca de 60 anos depois do casamento de seus pais (São Joaquim e Santa Ana). Possivelmente ela seria prima direta de seu marido São José (o casamento entre parentes era comum entre os judeus). A Igreja Católica estima que a Virgem nascera em 8 de setembro e essa data é marcada como sua Natividade. Dos 3 aos 12 anos ela serviu no Templo. Aceitou a difícil tarefa de gerar e ser a mãe do Messias e enfrentar línguas ferinas e preconceituosas de pessoas da época e criou Jesus como qualquer mãe comum faria e faz. Quem leu a Bíblia pelo menos uma vez na vida viu muitas referências a ela.

Era esperado por todos a vinda do Messias e é óbvio que ele não poderia vir de qualquer jeito: teria que nascer de uma mulher como todos nós pobres mortais. Mas não podia ser qualquer mulher: as profecias antigas diziam que o Messias deveria nascer de uma virgem. Só que também não poderia ser uma virgem qualquer: era necessário ser A virgem. Um entre todas foi a escolhida...


Como todos devem saber, Maria acabou se tornando um nome conhecido em todo o planeta. Tanto é que é um nome bem popular de Portugal à Rússia passando por Israel e países árabes. Portanto não se pode dizer que ela não tem ou teve qualquer tipo de influência.


Acho que não tenho tanto a falar de Maria, ela já fala por sí só. Quem acredita, quem não acredita... isso não está em discussão. Digam o que disserem, hão de concordar que ela não foi qualquer mulher. Afinal ela gestou e deu à luz o Salvador. Várias são as menções a aparições da Virgem e mesmo que não acreditem ou lhe deem o devido valor sabem que Maria definitivamente nunca foi nem será uma entre tantas. Até mais, pessoal!