sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Rainha Vitória

Olá a todos! Falaremos hoje de uma das mais famosas rainhas do mundo e até agora a de reinado mais duradouro: Vitória do Reino Unido. Durante longos 63 anos, 7 meses e 2 dias ela reinou sobre o Reino Unido (mesmo tendo um papel bastante limitado) e nesse período o país se tornou uma potência. Seu reinado tornar-se-ia conhecido como Era Vitoriana.

Imagem: Wikipédia

Única filha dos duques Eduardo de Kent e Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, nasceu em 1819 e não tinha tanta chance assim de um dia subir ao trono: era a quinta na linha sucessória. Só que havia um 'pequeno' problema: a questão sucessória ao trono inglês estava bem complicada. Seus pais estavam na Alemanha porém tão logo se soube que um futuro sucessor a caminho deu-se Vitória e Eduardo se mudaram de mala e cuia pra Inglaterra pois a criança teria que nascer lá de uma maneira ou de outra. E assim se deu. Seus pais quiseram batizá-la com o longo nome de Vitória Jorgina Alexandrina Carlota Augusta mas o na época príncipe-regente bateu o pé e insistiu que três dos nomes sumissem. Então a menina foi nomeada apenas como Alexandrina Vitória. Era intimamente chamada de Drina. Seu tio e antecessor, Guilherme IV da inglaterra, não queria um regente para a neta e disse na lata da nora que queria viver até o 18º aniversário da herdeira (o que acabou acontecendo). A regência nunca aconteceu e aos 18 anos ela deixava de ser simplesmente Drina para ser Sua Majestade, a Rainha Vitória.


Combinavam... Feitos um para o outro, não?

A soberana era doente de paixão completamente apaixonada por seu primo Alberto e não sossegou enquanto não se casou com ele, em 1840. De branco e com toda a pompa e circunstância. Até tentaram arrumar outro marido pra ela mas quem disse que ela quis? Na qualidade de princesa-herdeira ela podia se dar esse luxo, hahaha! Aliás ela foi a primeira mulher (e diga-se de passagem, soberana) a se casar com essa hodierna tradicional cor pois no tempo dela a cor associada à pureza era o azul. O fato é que branco passou a ser obrigatoriedade nos casórios até a presente data. Muitos dizem que na verdade as atitudes de Vitória frente à política inglesa eram na verdade vindas de Alberto. Nos partos dos dois filhos mais novos ela fez uso de clorofórmio como anestesia. Viveu feliz com seu amado Alberto por 21 anos e quando enviuvou, ela se tornou reclusa e mais sisuda (embora rumores deem conta de que ela ter-se-ia casado secretamente com seu criado John Brown, odiado por Eduardo VII, anos depois), usando roupa preta pelo resto de sua vida e sendo conhecida como 'viúva de Windsor'.

Claro que a monarca também tinha o seu lado 'não-me-toques' e contraditório: detestava gravidezes (se achava uma vaca nesse período), além de achar a amamentação repugnante e os recém-nascidos feios. Mesmo assim ela teve nove filhos. E mais: proibiu terminantemente que seus descendentes usassem o nome do finado como nome de governante. Usou preto a vida toda depois da viuvez mas quis que a cor predominante em seu velório fosse o branco. Casou por amor mas não permitiu aos filhos casar com qualquer um/uma. Como se não bastasse tudo isso, ainda tinha ciúme da felicidade do casamento da filha Alice: ela tinha que não parecer tão feliz na frente da mãe. Também culpou o filho Eduardo pela morte do pai e ficou tão dependente da caçula Beatriz que obrigou a ela e ao marido a ficar perto dela depois de casados. É mole ou quer mais?

Filhos da Rainha Vitória por ordem de nascimento: Vitória, Eduardo, Alice, Alfredo, Helena, Luísa, Artur, Leopoldo e Beatriz. Imagens: Wikipédia

Sua Majestade se tornou conhecida como 'avó da Europa' (Eduardo VII  foi o 'tio da Europa') pelo fato de seus filhos terem se casado com membros de várias casas reais do Velho Mundo. Até hoje quase todos os chefes de casas reinantes (ou não) espalhadas por todo o continente são descendentes de Vitória e Alberto. Tinha uma moral rígida até a raiz dos cabelos. Com a saúde cada vez mais afetada por reumatismo e cataratas, Vitória partiu dessa pra melhor em 1901 aos 81 anos. Desses 81, pelo menos 6,5 ela passou grávida. Foi enterrada com várias fotos e objetos de familiares e criados, incluindo uma fato, mecha de cabelo e a aliança da mãe de John Brown.

FONTES: Wikipédia, sites E-Biografias e Guia do Estudante.


Uma mulher como poucas, não? Bem, desculpem a falta de notícias mas tive problemas com a net e o computador e apenas agora no fim do mês é que esses problemas foram sanados. Enfim, não citei muito da Vitória histórica e deixei-a um pouco mais, digamos, acessível e menos inatingível. Assim sendo, coloquei alguns detalhes menos conhecidos da soberana. Vou tentar ser mais presente agora. Até mais, pessoal!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Sarah Bernhardt

Olá a todos! Já ouviram alguma vez falar de Sarah Bernhardt? Ela foi uma atriz francesa internacionalmente famosa que se apresentou em vários países incluindo o Brasil e foi uma das mulheres mais belas influentes do cenário teatral francês do século XIX e início do XX. Chamada por muitos de 'Voz de Ouro', 'Imperatriz do Teatro' e outros epítetos, teve vários admiradores ao redor do mundo durante sua longa e profícua carreira cênica.


Henriette Rosine Bernardt nasceu em Paris em 22/10/1844 filha de uma cortesã holandesa de origem judia chamada Julie Bernardt. Seu avô, Moritz, era um comerciante de Amsterdã. A atriz passou seus primeiros quatro anos de vida na Bretanha em companhia de uma babá, de forma que a língua de sua primeira infância foi o bretão. Nesse tempo ela sofreu um acidente que anos depois viria a lhe acarretar vários problemas: caiu de uma janela e quebrou a patela (osso do joelho) direita que ficou frágil pelo resto da sua vida mesmo tendo ela se curado. Sarah queria se tornar freira mas a mãe (que tinha um salão onde recebia seus clientes) tratou de a inserir no ambiente mundano e fazer dela uma cortesã. Um desses clientes era o Duque de Morny, meio-irmão de Napoleão III da França (que segundo alguns seria seu pai biológico) e através dele ela ingressou no Conservatoire de Musique et Déclamation em 1859 e alguns anos depois no Comédie-Française, de onde foi expulsa depois de esbofetear uma das atrizes principais. Mas a fama só viria 10 anos depois: ela interpretou um homem na peça Le Passant e a partir daí seu sucesso só aumentou, principalmente depois que atuou na peça Ruy Blas, de Victor Hugo. Depois passou 6 semanas atuando na Inglaterra e decidiu viajar o mundo. Atuou tanto em teatros grandes como pequenos em quase todo o globo, exceto na Ásia. Durante a Guerra Franco-Prussiana ela fez do Odéon (de onde era contratada) um hospital para os feridos.

Maurice Bernhardt. Imagem: www.geneanet.com
Louise Abbema. Imagem: Wikipédia














Sua vida pessoal não foi fácil: tinha uma relação não muito boa com a mãe e sempre buscou atenção e carinho por parte dela. Sarah sentia predileção por sua irmã mais nova Régine e tentou livrá-la da sina de se prostituir porém ela acabou se tornando uma aos 13 anos. Faleceu aos 18 de tuberculose. Teve um único filho, Maurice, fruto de um rápido romance com Henrique, Príncipe de Ligne. Teve também outros amantes e há quem diga que se envolveu com outra mulher: a pintora Louise Abbema. Chegou a se casar com Jacques Damala (pseudônimo do ex-oficial militar e ator grego Aristides Damala) mas o casamento naufragou rapidamente mesmo durando até a morte dele. Também não era uma pessoa religiosa.


Foi a primeira atriz-empresária do mundo do espetáculo ao arrendar o Teatro Ponde Saint-Martin e foi também uma das pioneiras do cinema. Sua vida daria um grande revés em 1905: durante uma de suas encenações no Brasil, a atriz sofreu um acidente e bateu justamente o joelho que havia quebrado na infância. Dez anos depois Sarah teve que amputar a perna devido às fortes dores que sofria desde então. Mesmo sem uma das pernas não deixou de atuar: visitou os soldados na frente ocidental e saiu em turnê pelos EUA por 18 meses e depois do fim da guerra, pela Europa. E nunca usou próteses! Em 1920 publicou um romance chamado Petite Idole que despertou algum interesse já que a heroína é uma idealização da própria Sarah. Executou apenas produções próprias até a morte, em 1923. No ano em que morreu ela rodava o filme (produzido por Hollywood e filmado em sua própria casa em Paris) La Voyante, e durante as filmagens ela teve várias síncopes.

FONTES: 'Wikipédia', site 'O Portal da História - Biografias' e 'www.geneanet.com'.


A vida não é mesmo fácil, minha gente. Então: gostaram de conhecer a vida dessa mulher fascinante? Uma vida levada com paixão pelo que fazia. Pode não ter sido completamente feliz, mas felicidade talvez seja apenas um ponto de vista... Até mais, pessoal!