segunda-feira, 31 de julho de 2017

Pica Pau e os sete pecados

Olá a todos! Há algum tempo li uma matéria sobre um artigo de um acadêmico brasileiro sobre a relação entre o seriado Chaves e os sete pecados. Achei o tema particularmente interessante e tempos depois me veio a ideia de fazer algo parecido mas falando do Pica Pau. Quem não se lembra do pássaro de cabeça vermelha e corpo azul que aprontava todas e mais algumas? Woody Woodpecker (seu nome em inglês) é de longe o pássaro mais famoso dos desenhos animados que embalou a infância de muitos de nós. Vamos dar uma conferida?



AVAREZA

O quê você faria pra recuperar dinheiro perdido? Talvez alguém diga que depende do valor... Aqui vemos o pássaro tendo que obedecer às regras do local onde mora e tentando tomar um banho (pago, diga-se de passagem) e é onde ele perde 10 centavos, o que o deixa louco! Vamos conferir o que o Pica Pau foi capaz de fazer pra reaver seu rico dinheirinho.



GULA

São vários os episódios onde Woody come por dez ou vinte mas esse é um dos melhores. A única coisa que importa aqui é comer o máximo possível. Como é expulso da pensão por Leôncio ele vê uma forma de voltar e comer o quanto quiser: fantasiado de Clementina, uma dama fina e educada que balança o coração do solteirão. Descoberta a farsa, o dono da pensão tenta expulsá-lo de novo enquanto Pica Pau continua sua comilança desenfreada.



INVEJA

Dooley não tava mais dando conta do recado de fazer o rei rir e temia perder o emprego como bufão. Então o monarca viu o Cabeça Vermelha ao longe numa árvore e o idealiza como o novo bobo da corte ordenando ao servo que vá buscá-lo. Claro que ele não gosta nada da situação e tenta se livrar do ruivinho de todas as formas. Assim age o invejoso: lhe incomoda o fato de o outro ter algo e ele não e quer se apossar das coisas e da vida do outro, tentando diminuí-lo e destruir a vida do invejado.



IRA

Nesse episódio o Cabeça de Fogo tenta dormir pra participar de uma caçada que iniciaria às 5 da manhã. Mas quem disse que ele conseguiu? Claro que qualquer pessoa numa situação de passar a noite toda em claro com mil e um barulhos, luzes e cia ilimitada atrapalhando o que era pra ser uma bela noite de descanso ficaria irada mesmo, porém Pica Pau leva isso às últimas consequências.




LUXÚRIA

Uma linda mulher chamada Babalu dança hipnoticamente no intuito de atrair dois marinheiros desavisados que se divertem em um bar e ficam babando por ela, querendo beijá-la. Mas as intenções dela são as piores: levá-los em sacrifício a Vulcano e fazê-los virar churrasquinho, pois ele quer carne fresca; caso contrário, o povo de Babalu seria destruído por uma fortíssima erupção vulcânica. Assim é a luxúria: embora seja o pecado preferido de muita gente, às vezes pode levar quem a pratica à perdição.



PREGUIÇA

Gostar de pegar no pesado não é mesmo o forte do pássaro (pelo menos nos episódios mais antigos). Nos mais recentes (não aqueles dos anos 2000, me refiro aos dos anos 60 e 70) ele trampou em alguns. No episódio dessa lista ele se mostrou o próprio Sr. Preguiça: se aproveitou do que os outros acumulavam pro inverno e nada fez pra guardar comida. Dá pra imaginar o que aconteceu: o frio chegou e nosso amigo ficou sem um farelo pra pôr na boca.
 


SOBERBA

Sabem a velha máxima de que 'quem tudo quer tudo perde'? Ou aquela que diz que 'a soberba precede à ruína'? Assim foi com o Pica Pau: extremamente confiante que tinha bastante comida e que o tempo permaneceria bom ele nem se preocupou quando os outros animais disseram ir para o Sul a fim de fugir do grande frio que se aproximava. Já em casa, depois de quase virar picolé, ele enfrentou um tornado que estava do lado de fora dizendo que tinha bastante comida. Então o fenômeno da natureza invadiu sua casa e levou tudo! Sua soberba o levou a não ter absolutamente nada com que forrar o estômago.





Talvez vocês não concordem com alguns dos episódios listados mas se pensarem bem verão que fazem todo o sentido. Por quê escolhi os antigos e não os recentes? Por uma simples razão: os antigos são os que marcaram minha infância e são infinitamente melhores que os novos, apesar de que os novos tem episódios bons. Espero que tenham curtido essa lista curiosa. Acho que daria até um artigo acadêmico como o que o professor brasileiro (pós-doutorado de História, Ademir Luiz é o nome dele. Quem quiser dar uma olhada, veja o link http://www.vix.com/pt/bbr/1430/o-que-chaves-tem-a-ver-com-os-7-pecados-capitais) fez relacionando os 7 pecados com o Chaves. Espero que lhes seja aprazível. Até mais, pessoal!

sábado, 29 de julho de 2017

A história real de Anastásia Romanova

Olá a todos! Hoje trago um pouco da história da princesa russa Anastásia Romanova. Quem nunca ouviu falar dela? Se tem alguém que nunca leu uma linha sobre a moça, hoje poderão conhecê-la. Se assistiram ao filme da Disney de 1997 com certeza lembram da história da jovem órfã que se descobre nada mais nada menos que a menina mais nova da família imperial russa que sobreviveu à matança dos pais e irmãos. Acompanhemos o desenrolar dos fatos sobre sua vida e os eventos que a levaram a se tornar uma das personagens históricas mais veneradas da História recente, mas alerto-os desde já que não esperem encontrar a mesma história do mencionado filme.

Uma família unida e feliz que nunca imaginou que seu fim seria tão trágico... Imagem: Upendista.com

Anastásia Nikolayevna Romanova (em cirílico russo: Анастасия Николаевна Романова) nasceu em 18/01/1901 em Peterhof (Rússia) filha do imperador Nicolau II e sua esposa Alexandra Feodorovna (aqui só um parêntese cultural: em russo o sufixo 'vna' significa 'filha de' seguida do nome do pai. É a forma feminina de 'vich'. No caso dela o sobrenome era o nome da dinastia seguido de A, como em qualquer outro nome russo). O czar e a czarina não pareciam muito felizes em ter tido uma quarta menina (os dois já eram pais de Olga, Tatiana e Maria) pois todos esperavam que fosse um menino para herdar o trono. Os mandatários só seriam pais de um varão três anos depois quando do nascimento de Alexei.

Imagem: Upendista.com
A czarevna (filha do czar, em russo) tinha olhos azuis como todos os irmãos, seus cabelos eram louro-arruivados, tinha tendência a engordar e era de baixa estatura, coisa de que sempre se ressentiu. Seu nome significa 'aquela que renasce' ou 'a ressuscitada' (significado esse que caiu como uma luva depois que começaram a pipocar rumores de sua sobrevivência). Era chamada de Anastasie (seu nome em francês) ou Nastya, Nastas, Nastenka, Malenkaya (pequena), o carinhoso 'Raio de Sol' ou ainda Shvibzik (diabinho). Esse último talvez seja devido ao seu comportamento irrequieto que por vezes tirava alguns parentes do sério (sua tia Olga chegou a lhe dar uma bofetada).

A despeito de toda sua energia e vivacidade, a grã-duquesa apresentava alguns problemas de saúde: tinha joanetes nos dedos maiores dos pés e também um músculo fraco nas costas que precisava ser massageado duas vezes por semana (sessões que ela odiava). Talvez também fosse portadora do gene da hemofilia como a mãe (a tia Olga acreditava que as sobrinhas sangravam mais que o normal), pois essa doença genética é transmitida pela mãe aos filhos varões. A mulher não sofre da doença mas pode apresentar sintomas, como fortes sangramentos por apresentar menor capacidade de coagulação sanguínea. Talvez ela tivesse tido filhos hemofílicos.

Anastásia e Maria. Imagem: Upendista.com

Anastásia e Maria eram conhecidas como o Par Pequeno enquanto Olga e Tatiana eram chamadas de o Par Grande. A princesa tinha uma conexão tão especial com seu irmão caçula que os dois se entendiam apenas com um olhar sem dizer palavra. Era ela quem acalmava Alexei em suas crises de hemofilia (doença genética que faz a pessoa ser propensa a hemorragias com o menor corte, acomete principalmente homens) e durante as sessões de tratamento com Rasputin, um monge tido como santo que tinha a devoção cega de Alexandra. Estava longe de ser discreta e bem comportada como as irmãs mais velhas: era uma menina bastante elétrica que gostava de imitar os demais e pregar peças neles. Não estava nem aí para a prórpia aparência e se comportava quase como um menino: pulava, corria e subia em árvores. Talvez ela soubesse inconscientemente que seus pais queriam ter um garoto quando ela nasceu...

Maria, Anastásia, Olga e Tatiana (sentada). Imagem: Wikipédia

Durante a Primeira Guerra (1914-1918) Nicolau II foi considerado pelo povo como o único culpado por todas as mazelas sofridas. Em 1917, após a abdicação forçada do czar, ele, a esposa e os filhos, além de alguns criados e o médico da família ficaram primeiro em Czarskoe Selo sendo depois transferidos para Tobolsk e por fim a Ekaterimburgo, a cidade quer seria seu destino final. As moças eram seguidamente assediadas (tomem isso como um eufemismo) pelos bolcheviques mas mesmo assim tentavam passar o tempo da melhor forma durante a prisão. Segundo relatos de dois tutores das princesas, Sidney Gibbes e Pierre Gilliard, nada puderam fazer para ajudá-las: Gibbes foi assombrado pelo resto da vida por não ter podido socorre-las quando elas gritavam de terror e Gilliard descreveu a forma como tratavam qualquer um que o fizesse, incluindo ele mesmo.

Várias obras de ficção basearam-se na lenda criada em torno da czarevna, dentre elas:

Clothes make the woman (As roupas fazem a mulher), filme de 1928

Anastásia (com Ingrid Bergman no papel título), filme de 1956

Anastácia, a mulher sem destino (novela brasileira), de 1967

Anastasia, the riddle of Anna Anderson (Anastásia, o enigma de Anna Anderson), livro de 1983

Anastasia, the mystery of Anna (Anastásia, o mistério de Anna), filme de 1986 baseado no livro supracitado

Anastásia, filme de desenho animado de 1997

Outros livros, além de músicas e um jogo de videogame

 

Anna Anderson: durante mais de 60 anos sustentou ser Anastásia Romanova. Imagem: Wikipédia

Provavelmente de origem polonesa e chamando-se Franziska Schanzkowska foi a mais famosa 'Anastásia': muitas mulheres tentaram se passar pela filha mais nova de Nicolau e Alexandra mas nenhuma teve o destaque e a popularidade de Anna. Muitos eram os que não acreditavam que ela fosse de fato a grã-duquesa, incluindo a baronesa Sophia Buxhoeveden, antiga dama-de-companhia da czarina Alexandra, as tias Olga (por parte de pai) e Irene (por parte de mãe) e outros parentes, além dos tutores Gibbes e Gilliard (com sua esposa Alexandra Tegleva). Entre seus apoiantes estavam Serge e Gleb Botkin e Tatiana Botkina (respectivamente irmão, filho e filha de Eugene Botkin, o médico da família imperial assassinado junto com os patrões) além de Lili Dehn, amiga da mãe da grã-duquesa, e parentes como André Vladimorich, primo de Nicolau II. Pesavam contra ela o fato de falar alemão e não saber uma palavra de francês, russo ou inglês (nunca se falou alemão na família do último czar e a czarevna sabia as três últimas). Muita água rolou embaixo dessa ponte (inclusive processos nos tribunais e encontros com a família Schanzkowski). O mistério só acabou nos anos 90 quando um exame de DNA (graças a Deus que isso existe) comprovou que Anna era mesmo Franziska e não Anastásia. Encerrava-se em definitivo o mito da sobrevivência perpetuado por quase um século.

FONTES: Wikipédia, Blog Rainhas Trágicas, Upendista.com e Blog Os Romanov


A história de Anya, que depois descobriu ser Anastásia, foi inspirada no famoso mito da sobrevivência da grã-duquesa. Imagem: Blog Rainhas Trágicas

Teria sido maravilhoso se ela tivesse realmente tido a chance de escapar. Se já tem tantas estórias e referências a ela sendo sua sobrevivência infelizmente uma lenda imagine se ela realmente tivesse fugido e vivido uma vida tranquila e anônima em outro lugar. Não foi o que aconteceu: a czarevna foi assassinada junto da família em 17/07/1918. Os corpos de todos foram banhados com ácido sulfúrico, queimados (talvez pra dificultar uma posterior identifação - ainda bem que o teste de DNA foi criado décadas depois) e enterrados, sendo que dois corpos foram enterrados longe dos demais. Quando as tumbas foram encontradas em 1998 a suposta sobrevivência de Anastásia ganhou vida nova. Mas então veio a quebra da expectativa de muitos admiradores: em 2007 foram descobertos os dois cadáveres restantes e comparando seus DNA's com o de um descendente Romanov ainda vivo (Felipe de Edimburgo, marido de Elizabeth II da Inglaterra) comprovou por A+B a identidade deles. Findava-se ali qualquer esperança de um final feliz para a princesa. Eu avisei que o final não era como o do filme. Espero que tenham gostado, apesar de ser uma história de final trágico. A moça não sobreviveu mas a história em torno dela ainda encanta a muitos e a fez se tornar uma das mais queridas e emblemáticas personagens históricas da História recente. Até mais, pessoal!

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Curiosidades linguísticas — parte 2

Olá a todos! Hoje trarei mais algumas curiosidades dos idiomas falados ao redor do globo. Na primeira parte postei alguns dos mais falados e conhecidos (ou não) e agora mostrarei mais algumas coisas interessantes sobre idiomas. Esse post tá um pouco mais trabalhado que o anterior, na minha opinião. Devia ser parte 2.0 (kkkkk)! Let's go, folks!


Letão: língua báltica cuja única parente ainda viva é o lituano, essa língua conta com particularidades no mínimo surpreendentes: vários idiomas tem vogais longas e curtas, certo? Certo! Outros tem consoantes longas, verdade? Verdade! Agora imagina aí uma língua que tem as duas... Ei-la aqui!!! Porque não basta só ter vogais longas, é preciso que as consoantes também sejam assim. Abaixo temos um vídeo do alfabeto. Acho lindo a letra O pronunciada como "ua". Outro ponto: só as vogais longas são letras separadas no alfabeto desse idioma, as consoantes longas não.



Livoniano: infelizmente é uma língua quase extinta (a última falante realmente fluente morreu em 2013). É falada na Letônia e estão tentando revivê-la, mas além de ser um grupo pequeno essas pessoas tem nível no máximo B1 ou B2. Esperemos que dê certo! Esse idioma tem alfabeto e pronúncia bem curiosas. Na foto abaixo tem as letras com a respectiva pronúncia (com direito a transcrição fonética) e o link com mais informações (em inglês). Poucas vezes vi uma língua com tantos sons vocálicos. Preparados?

Imagem: http://www.omniglot.com/writing/livonian.htm

Finlandês: a parente mais próxima do estoniano e (nem tanto) do húngaro tem apenas 14 casos, o mesmo que sua prima mais próxima (algumas palavras são quase iguais entre as duas) e quatro a menos que a prima mais afastada. Muitos deles poderiam ser resumidos a dois: locativo e instrumental. Afinal é difícil decorar tantas terminações pra ter noção se algo está em cima ou em baixo ou se vem de dentro pra fora e vice-versa. É tida como uma das línguas mais difíceis de ser aprendida e uma de suas marcas registradas é o R bem vibrante (lindo!). Assim como muitos outros idiomas parece mais 'palpável' quando cantado (sem ofensa!).

Irlandês: também conhecido como gaélico irlandês ou só gaélico (Gaeilge), é uma língua de origem celta e junto com o inglês é língua oficial da Irlanda. Sabe aquela língua que se escreve de um jeito e se fala de outro? Talvez muitos digam francês... Também, mas no caso do gaélico o buraco é bem mais embaixo, kkkkk! Brincadeiras à parte, é uma língua muito interessante que infelizmente não é muito falada na Irlanda apesar de o governo da ilha ter tornado obrigatório seu estudo. Para mais informações, consultem o link: https://briogaledon.wordpress.com/2012/06/11/introducao-ao-irlandes-alfabeto-e-pronuncia/

Árabe: falado ao redor do mundo por mais de 400 milhões de pessoas é uma língua que exige dedicação, esforço e tempo da parte do aprendente (algo em torno de 90% transpiração e 10% respiração). Além de ter muitas variações (egípcio e libanês são dois exemplos). Deve-se ler da direita pra esquerda (assim como o hebraico). Li certa vez que o lado direito do cérebro deixa o esquerdo trabalhando sozinho durante o aprendizado desse idioma. Não vou lembrar a fonte pois li isso faz muito tempo mas não duvido que seja verdade... E isso não é preconceito ou ofensa! Admiro quem queira aprendê-lo.

Cantonês: se dominar o mandarim já é difícil, imagine essa: um dos dialetos mais conhecidos do que chamamos chinês (na verdade, segundo alguns linguistas, uma família de dialetos) tem 6 tons! Mais difícil que o mandarim que só tem 4... No entanto o cantonês soa mais melódico que o mandarim (será por ter mais tons?). Falar e escrever em cantonês não é com certeza tarefa fácil mas nada que muuuuuita persistência não possa fazer.

Ido: é uma língua gerada a partir do esperanto (tanto que a palavra ido significa 'descendente'). Depois de desentendimentos sobre como deveria ser o projeto de construção da língua internacional tão almejada por vários intelectuais surgiu essa língua bastante similar ao esperanto. Tem bem menos falantes que esta última porém os falantes de uma podem facilmente ser entendidos pelos da outra (mais ou menos como galego e português, mas talvez sejam ainda mais próximas). Uma das diferenças é o uso de todas as letras do alfabeto latino no ido, algo que não ocorre no esperanto, o qual não usa Q, X, W e Y. Além disso a primeira não usa diacríticos e há também diferenças gramaticais e vocabulares entre ambas.

Dothraki: a primeira língua criada para o aclamado seriado Game of Thrones. Assim como o esperanto é uma língua inventada. Toda a gramática e estrutura da língua é adaptada à história e sua fonologia deveria ser facilmente aprendida pelos atores (exigência da HBO, canal que transmite a série). Pra alguns pode soar como árabe mas os falantes desse idioma não vão concordar (palavras do criador do dothraki, David J. Peterson). Devido ao enorme sucesso de GoT há um crescente interesse em aprendê-lo. Aqui temos uma amostra da língua falada (com certeza os fãs irão ao delírio).



Grego: se existe um idioma que influenciou vários desde tempos imemoriais esse é o grego. Na Antiguidade esse idioma influenciou fortemente o latim (era a língua do mundo naqueles tempos) e assim temos nas línguas românicas muitas palavras de origem helênica. Claro que não dá pra chamar as neolatinas de línguas greco-românicas por uma boa razão: a estrutura da gramática veio do latim e não do grego. Sem dúvida é uma língua interessantíssima e até hoje pouco mudou mesmo com vários dialetos mudando radicalmente uma mesma palavra (como em várias línguas) e mais de 2000 anos de uso prático.

Islandês: palavras enormes e quase impronunciáveis, sem dialetos e uma das mais puras (se não A mais pura) do mundo. Assim é o islandês, uma língua que praticamente não mudou desde os primeiros registros escritos. É falada na Islândia, tida como das mais difíceis (se não A mais difícil, particularmente não concordo) de aprender e - por incrível que pareça - prima do inglês. Conserva em seu alfabeto duas letras derivadas do antigo alfabeto rúnico (þ e ð) e tem um caráter muito conservador (ou seja, estrangeirismos quase nunca são bem vindos) que visa principalmente manter a pureza da língua. E eles conseguem!

Como podem ver as línguas tem particularidades que vale a pena conhecer. Espero que curtam essa segunda parte. Em outras postagens trarei mais curiosidades de outras línguas ao redor do globo. Amantes dos idiomas, uni-vos! Até mais, pessoal!