Olá a todos! Amantes de línguas, tremei: trago mais línguas e curiosidades na parte 9. Acredito que das postadas aqui vocês conheçam algumas mas outras talvez não tenham ouvido falar. Enfim, aprendamos mais sobre alguns idiomas aqui.
Córnico: considerada extinta enquanto língua falada em 1777, foi ressuscitada em 1904 e hoje conta com 2000 falantes. É uma língua celta parente do irlandês. Era uma das línguas que a rainha Elizabeth I da Inglaterra falava e alguns nomes de lugar e sobrenomes ingleses tem origem nessa língua. Aqui temos o hino da Cornualha com legendas em córnico e inglês.
Ainu: idioma que alguns consideram isolado e outros o consideram da família do japonês, é falado na parte norte do Japão e tem palavras vindas daquela língua assim como emprestou palavras a ela. Está em risco de extinção pelo fato de muitos dos nativos falarem apenas japonês.
Bashkir: idioma da família do turco e do cazaque, é falado por menos de um milhão de pessoas na Rússia, no Cazaquistão e no Uzbequistão. Usa o alfabeto cirílico com algumas letras que só existem nesse idioma. É dividida em vários dialetos e no original se chama Bashqort tele (Башҡорт теле).
Chagatai: pertencente à família túrquica assim como o bashkir acabou extinta no século passado mas teve influência no desenvolvimento do hindustani (falada na Índia e usada como língua franca naquele país). Era escrita usando uma forma própria do alfabeto árabe e também teve influência em outras línguas da família túrquica.
Bielorusso: nos tempos da URSS (União Soviética) era tido como dialeto do russo. Pode-se dizer que é como uma ponte entre o ucraniano e o russo. Assim como algumas línguas, possui dois alfabetos: cirílico bielorrusso (mais utilizado) e o latino (łacinka, bastante similar ao alfabeto polonês mas muito pouco utilizado). Os tártaros e judeus da Bielorússia usam respectivamente os alfabetos árabe e hebraico para escrever no idioma. Espero que gostem da canção 'Maja Belarus' (Minha Bielorrússia, em português), com letra.
Birmanês: a pronúncia é apenas o som enquanto a ortografia é correta. Assim funciona o birmanês, falado por mais de 40 milhões como língua materna ou segunda língua. Uma coisa é falar, outra coisa é escrever: encontramos aqui o fenômeno da diglossia, onde o idioma formal é diferente do coloquial.
Amárico: é um idioma semítico assim como o aramaico (mas são línguas diferentes, ok?), o árabe e o hebraico. Possui um alfabeto com caracteres que parecem desenhos (assim como muitos alfabetos orientais) e é falado na Etiópia (língua oficial) e Israel (pelos judeus de origem etíope).
Javanês: foi tema de um conto de Lima Barreto (O homem que sabia javanês), no qual um homem se dizia fluente na língua e cai nas graças de um barão que ingenuamente o promove na sociedade onde vive e ainda lhe dá parte da herança. É falada por 75 milhões de pessoas principalmente em Java, mas também no Suriname e Timor, bem como outras ilhas do Sudeste Asiático.
Volapuque: criada em 1880 pelo padre alemão Joseph Martin Schleyer (volapük, no original) significa língua mundial. Foram realizadas 3 convenções do idioma (1884, 1887 e 1889) sendo as primeiras realizadas em alemão e a última em volapuque. Contava com 4 casos assim como romeno e alemão e até o artigo EL se declinava! Acabou suplantada pelo esperanto pouco depois da invenção daquela língua mas ainda existem falantes.
Prussiano: língua extinta no século XVIII (antigo prussiano) que está sendo revitalizada nos dias atuais. Possuía um alfabeto com letras idênticas ao do letão ou do livoniano (já citado no blog) com a inclusão do Q, o qual não existe nos outros dois. Atualmente conta com alguns pouquíssimos falantes devido ao processo de ressuscitação da língua. Espero que a língua volte a ser falada cotidianamente como foi um dia.
Espero que tenham gostado. São tantas línguas que seria impossível abarcar a todas mas a gente tenta. Em breve teremos a parte 10. Até mais, pessoal!
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