Ter a mente aberta, saber priorizar e fazer
escolhas são os princípios básicos para se tornar uma pessoa disciplinada.
Confira algumas dicas!
''O primeiro
contato do ser humano com a disciplina
acontece ainda no berço. “Na relação entre mãe e bebê já se estabelece um sistema de
organização”, diz Vladimir Safatle, professor da Faculdade de Filosofia da
Universidade de São Paulo. Segundo ele, a mãe determina quando vai alimentar o
bebê (ela pode estar no banho quando o rebento chora e ele tem de esperar para
mamar), e assim começa a ser criado o ritmo de vida da criança. Depois surgem
outras normas, como a hora de brincar, estudar e por aí afora. Com tudo isso
reunido, cada indivíduo cresce, é educado e se encaixa nesse modus vivendi.
As rotinas
aprendidas no colégio ajudam a criança a se organizar no tempo, já que tendo um
período estabelecido para as tarefas ela aprende a noção de começo, meio e fim
de execução de algo. “Rotinas são importantes porque ajudam a
criança e a família a serem organizadas e dão senso de disciplina”, explica a
coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar e da Educação
Infantil da PUC-SP, Maria Ângela Barbato Carneiro. Na prática, significa que as
pessoas conseguem planejar e cumprir todas as metas para aquele dia. Não encare
isso como coisa de gente metódica. A disciplina não é sinônimo de vida
ultrarregrada. Ao contrário, é ouro puro na mão de quem quer fazer as coisas
com agilidade e qualidade para, no fim das contas, ter tempo livre para viver.
Ter um plano
B
“A
disciplina permite fazer algo em menos tempo e com mais eficiência, muitas
vezes até além do esperado”, afirma Cortella. O consultor de recursos humanos
Marco Antonio Lampoglia, da Active Educação e Desenvolvimento Humano, de São
Paulo, explica que existem dois tipos de “tempo” para se realizar algo: o
cronológico e o psicológico. “No primeiro você cria o cronograma para o que
tem de fazer e desenha o caminho que leva ao objetivo. Já o tempo psicológico é
aquele em que a pessoa tem de ter persistência para dar conta de tudo e ainda
enfrentar as dificuldades eventuais.” Nesse ponto, o disciplinado sempre tem um
plano B para lidar com imprevistos – de qualquer natureza.
Tem solução
Quem tem
disciplina e comprometimento sabe o caminho, mas nem por isso deve acionar o
piloto automático. “Ter uma rotina para fazer as coisas não significa
executá-las com monotonia”, diz o filósofo Cortella. A monotonia é reflexo de
algo autômato, feito sem pensar. “Como o treinamento militar, que faz o soldado
marchar para a esquerda e a direita para ser condicionado a obedecer ordens e a
não refletir.”
Quem se
detém para pensar também abre os olhos às tentações. “O disciplinado tem de
definir prioridades e abrir mão de algumas coisas a fim de cumprir sua meta. É
importante saber dizer não”, afirma Américo Marques Ferreira, da consultoria
empresarial AMF Parceria, de São Paulo.
O filósofo
Safatle é enfático ao afirmar que todo mundo internaliza um conjunto de
disciplinas – até mesmo os indisciplinados. Para ele é tudo uma questão de
projeção do uso do tempo. Claro que quando as ações atingem o outro, como
chegar atrasado a um compromisso, é sinal de que essa pessoa não consegue
programar suas atividades, seu dia. Mas nem tudo está perdido para quem convive
com as pendências da agenda desorganizada. “Estudos comprovam que para instalar
ou desinstalar um novo hábito, são necessárias cerca de seis semanas. É um
processo gradativo de adequação que pede prática regular”, afirma o consultor
Ferreira.
Digamos que
tornar-se disciplinado requer o compromisso e a força de vontade
semelhantes ao que é necessário para uma pessoa engatar firme no regime e
perder os almejados 5 quilos. Quem estiver comprometido com isso certamente
chega lá. Quem não estiver vai continuar vivendo como sempre o fez, já que no
mundo há espaço para disciplinados e indisciplinados''.
FONTE: Revista Vida Simples
Como se vê não é ter uma rotina (até porque rotinas costumam ser estafantes). Espero ter ajudado de alguma forma. Até mais, pessoal!
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