domingo, 6 de julho de 2014

Paulo Alexandrovich, o grão-duque amoroso

Olá a todos! Conheçamos hoje a história do grão-duque russo Paulo Alexandrovich (Павел Александрович, em russo), os percalços para se unir à amada Olga Paley e o sofrimento de ser ver exilado de sua terra e sem ter a companhia dos dois filhos mais velhos. Acompanhemos.


Paulo nasceu em 03/10/1860 em São Petersburgo e era tido como gentil, acessível às pessoas e fervorosamente religioso. Viveu grande parte da vida no estrangeiro devido à tuberculose da mãe porém foi um grande patriota russo por toda a vida. Detestava as formalidades e o cerimonial da corte russa. Tinha problemas pulmonares e por isso passava muito tempo em outros países, entre eles a Grécia, onde se apaixonou por sua prima Alexandra.


Casou com Alexandra em 17/06/1889 e 9 meses depois nasceu a filha Maria. Contudo o casamento não durou muito. No início de 1891, grávida de 7 meses, a princesa pulou da margem em direção a um barco em movimento mas caiu. Aparentemente ela não havia sofrido nada, porém depois de um baile acabou sentindo as dores do parto. Teve o filho Dmitri mas morreu 6 dias depois. Consta que Paulo ficou tão abalado psicologicamente que quis se jogar no túmulo da esposa pra ir junto com ela. Quanto amor... Só não se atirou porque os parentes o seguraram (imagino o trabalho que deve ter dado...). Seus filhos acabaram ficando com seu irmão Sérgio e sua esposa Isabel enquanto ele se recuperava do trauma. Por muito tempo ninguém acreditou que um dia ele voltaria se casar ou se interessar por outra mulher. Mas...

Tempos depois ele conheceu e se apaixonou loucamente por Olga von Pistohlkros, casada com o general Erich von Pistohlkros e mãe de 3 filhos. Quando soube disso seu irmão Vladimir tratou de encorajar o tímido Paulo a ir avante e torná-la sua amante. Os dois iniciaram um discreto romance... até que ela engravidou. Então Paulo revelou a relação ao seu sobrinho Nicolau II e pediu que concedesse o divórcio de sua amada. Afinal ele não queria que ela continuasse casada e ainda por cima que seu filho fosse registrado como sendo do marido dela. Mas o czar não quis acordo. Depois o soberano disse que daria o divórcio a Olga desde que o tio não casasse com ela. O grão-duque concordou num primeiro momento e disse que não o faria. Como se ele fosse cumprir...


Claro que Paulo não estava nem um pouco interessado em deixar sua amada por aí à solta: na primeira chance eles fugiram da Rússia e, depois de ela engravidar de novo, subiu ao altar com ela. Nicolau ficou louco com a ousadia do tio: o baniu da Rússia e tirou todos os seus títulos! Tirando o fato de que ele não pôde ficar com os filhos do primeiro casamento sua vida foi feliz com a esposa e seus três filhos: Vladimir, Natália e Irina. A família vivia em Paris e era a sensação da Cidade Luz. Eram também muito unidos: Maria Pavlovna adorava passar temporadas com o pai e a madrasta dizendo em seus diários que eles eram muito felizes e que com eles podia se esquecer da rigidez da corte imperial.

O grão-duque e seu filho Vladimir Paley foram assassinados pelos bolcheviques, o primeiro em 1919 e o segundo um pouco antes, em 1918. Seu filho Dmitri só escapou do mesmo destino por ter sido enviado à frente de combate na Pérsia devido a seu envolvimento na morte do monge Rasputin.

As más línguas dão conta de que Paulo teria tido um caso com sua cunhada Isabel pois os dois tinham uma forte amizade. Entretanto nada ficou provado. O fato é que ele viveu amando e para amar: amou os filhos, as mulheres, a família, a Rússia... Amor regeu sua vida e ele nunca temeu se jogar de cabeça em seus sentimentos. Não são todos que tem essa coragem nem que amam com tal intensidade. Enfim, espero que tenham gostado do post. Até mais, pessoal!

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