Olá a todos! Vamos fazer uma viagem no tempo e no espaço? Mais especificamente voltemos a Portugal do século 14 para nos aprofundar numa história conhecida por muitos: a paixão entre Inês de Castro e o rei Pedro I de Portugal.
Nascida na Galiza (Espanha, na época Reino de Castela) Inês era filha de D. Pedro Fernandes de Castro e da portuguesa Aldonça Lourença de Valadares. Por via ilegítima era bisneta de Sancho IV de Castela e seu pai era um dos fidalgos mais poderosos de Castela.
Foto: www.planonacionaldeleitura.gov.pt |
Os dois se conhceram durante um casamento. Mais especificamente o casório de Pedro com Constança Manuel, bisneta de Fernando III de Castela. Inês era uma das aias de Constança e o nubente apaixonou-se loucamente pela aia! Alegando moralidade (moral pra quem cara-pálida?) Afonso IV de Portugal mandou exilar a eleita do filho. Porém eles, reza a lenda, correspondiam-se frequentemente.
O distinto casal |
Já viúvo, Pedro mandou trazer a amada do exílio e secretamente teria se casado com ela. A fim de saber a verdade, Afonso IV mandou mensageiros perguntar a Pedro se aquilo era verdade. Pressentindo a cilada o príncipe negou prontamente dizendo que jamais se casaria com a galega. Mas os dois viviam num castelo mandado construir pela avó dele e deixou expresso que lá só deveriam morar os reis com suas esposas legítimas... Sendo assim não é de admirar se os dois realmente se casaram
Vendo que não conseguia afastar a galega de seu herdeiro por bem, Sua Majestade decidiu que o negócio eramandá-la pra terra dos pés juntos exterminá-la. Diogo Lopes Pacheco, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram os escolhidos para dar cabo da nora indesejada. E assim foi: aproveitada a deixa de Pedro ter ido à uma excursão de caça, Inês foi executada. Claro que ele ficou arrasado e a vingança não tardaria...
Tomado pelo ódio o príncipe virou-se contra o pai e passou a assaltar militarmente várias cidades ao norte do reino. Só a intervenção da rainha-mãe D. Beatriz pôs fim à animosidade entre pai e filho. Pôs fim entre aspas: internamente o infante nunca perdoou o ato paterno. E mais: mandou trazer os assassinos de sua Inês que estavam em Castela (num acordo com seu sobrinho rei de Castela em troca de alguns prisioneiros castelhanos em prisões portuguesas) e — reza a lenda — os mandou executar fazendo com que se arrancassem-lhes os corações enquanto se banqueteava!
Imaginem a cena tétrica: agora rei, D. Pedro manda desenterrar o corpo da amada saindo em cortejo pelas ruas lisboetas, a senta num trono, a coroa rainha e ainda ordena que lhe beijem a mão! E detalhe: ai de quem não o fizesse! Trata-se de uma lenda... porém em se tratando de uma louca paixão como a deles não duvido que possa realmente ter acontecido.
FONTES: Wikipédia, site Casa de Bragança.
Heitor Lourenço e Cristina Homem de Mello como Pedro e Inês no filme Inês de Portugal (1997) Fonte: site Casa de Bragança |
Vendo que não conseguia afastar a galega de seu herdeiro por bem, Sua Majestade decidiu que o negócio era
Tomado pelo ódio o príncipe virou-se contra o pai e passou a assaltar militarmente várias cidades ao norte do reino. Só a intervenção da rainha-mãe D. Beatriz pôs fim à animosidade entre pai e filho. Pôs fim entre aspas: internamente o infante nunca perdoou o ato paterno. E mais: mandou trazer os assassinos de sua Inês que estavam em Castela (num acordo com seu sobrinho rei de Castela em troca de alguns prisioneiros castelhanos em prisões portuguesas) e — reza a lenda — os mandou executar fazendo com que se arrancassem-lhes os corações enquanto se banqueteava!
Coroação e beija-mão daquela que depois de morta foi rainha |
Imaginem a cena tétrica: agora rei, D. Pedro manda desenterrar o corpo da amada saindo em cortejo pelas ruas lisboetas, a senta num trono, a coroa rainha e ainda ordena que lhe beijem a mão! E detalhe: ai de quem não o fizesse! Trata-se de uma lenda... porém em se tratando de uma louca paixão como a deles não duvido que possa realmente ter acontecido.
FONTES: Wikipédia, site Casa de Bragança.
Gostaram? Espero que sim. Já viveram uma paixão avassaladora como essa? Quem sabe... Pode-se dizer que o amor dos dois era mais forte que a morte. A ponto de mandar desenterrar a mulher e coroá-la rainha! Uma das histórias mais clássicas da Idade Média portuguesa merecia ser contada aqui. Outro dia volto com mais postagens. Só explicando o título: Agora Inês é morta se refere a uma situação onde já não há mais o que ser feito. Um sinônimo seria 'não adiantar chorar sobre o leite derramado'. Até mais, pessoal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Poste seu comentário aqui.