Comecemos com o pai: Fernando era sobrinho e herdeiro do então rei Carlos I da Romênia e se apaixonou por Elena Văcărescu, dama de companhia de sua tia Isabel de Wied. A rainha encorajou o romance do rapaz com Elena mesmo sabendo que a Constituição daquele país proibia relacionamentos da realeza com mulheres romenas (uma completa falta de absurdo). O escândalo foi grande: Isabel foi exilada por dois anos em Neuwind (Alemanha), Elena por toda a vida em Paris (onde se tornou uma premiada escritora), e Fernando viajou pela Europa e casou-se com Maria de Edimburgo em 1893. O apoio ao enlace aumentou a fama de excêntrica e sonhadora da rainha Isabel. Como se vê o romance foi rápida e facilmente destruído. Mas quando a história se repetiu com o filho anos depois...
O buraco foi bem mais embaixo: Carlos II
se apaixonou por Joana Maria Valentina Lambrino, (conhecida como Zizi)
filha de um general romeno. Ao contrário do pai ele teve mais coragem e foi
além: em 1918 casou com Zizi em Odessa (Ucrânia) e tiveram um filho chamado
Miguel Gregório Carlos Lambrino em memória de Miguel, irmão mais novo de
Carlos, que morreu aos 3 anos de idade. O casamento, além de desaprovado pela mãe dele, a rainha Maria, foi anulado no ano seguinte por um tribunal mas os dois viveram juntos mesmo depois da anulação (seu filho nasceu em 1920). Mas a ousadia teve seu preço: Carlos foi confinado por 75 dias e seu pai fez o casamento ser declarado inválido. Em 1921 o então príncipe casou com Helena da Grécia e Dinamarca. Ele financiou a estadia de Zizi e seu filho no exílio na França.
Como puderam perceber a coisa não foi tão
complicada assim porém não teve facilidades (a segunda bem mais que a
primeira pelo fato de haver descendência (inclusive o filho deles passou um bom
tempo tentando ser reconhecido como um membro da Casa real romena). Pertencer a uma dinastia reinante não era tarefa fácil: protocolos rígidos tinha de ser seguidos à risca e casar por amor era algo quase impossível. Isso é tudo por hora. Em breve nos veremos com mais love stories. Até mais,
pessoal!
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