Você fala minha língua??? |
Vocês sabem que não falo de mim mesmo aqui mas vou abrir uma exceção hoje: falarei da minha experiência no aprendizado de um novo idioma. Falo bem italiano e espanhol (sem falsa modéstia) e um inglês razoável. Tenho a meta de aprender francês (principalmente melhorar conversação) e croata. Por enquanto só (só?!) esses, afinal devemos ir com calma. Catalão, russo e romeno são os próximos da lista. Um dia crio coragem e aprendo alemão. Por quê não estoniano? kkkk! 'Você é louco', já me disseram alguns amigos. Talvez. De gênio e louco todo mundo tem um pouco... Bem, acreditem ou não, aprendi espanhol e italiano ouvindo músicas e aprendendo as letras. Não me sentei diante do computador e pensei 'vou estudar essas línguas'. Foi tudo tão natural que as pessoas se espantam. Dizem alguns que esse é um método bem eficaz de se aprender e está cientificamente comprovado: foi realizado um experimento onde os voluntários foram defrontados com o húngaro. Alguns tinham que falar e outros cantar naquele idioma. Adivinhem? Quem cantou teve um desempenho bem melhor! Mas não entrarei no mérito da questão, então eis a matéria completa:
http://hypescience.com/como-aprender-outro-idioma-com-o-dobro-da-eficacia/
Inglês aprendi na escola mas a falta de prática durante anos me deixou com um nível não tão alto (de conversação) quanto gostaria. Claro que o sonho de todo aprendiz é falar como um nativo mas esse é um processo complicado. E pra não puxar a sardinha pro lado de A nem de B cito um exemplo: o professor brasileiro Carlos Freire fala russo há 60 anos e até já deu aula em universidades russas porém ainda é reconhecido como estrangeiro fluente em russo e não como um nativo. Um fato inconteste: você só começa a dominar um idioma quando começa a pensar nele. Verdade! De repente (não mais que de repente) você tá lá falando em japonês e na sua cabeça uma palavra vem em... alemão! Se você estudou mais alemão que japonês é natural que o primeiro suplante o segundo. Normal: os primeiros 10 idiomas são os mais difíceis. Portanto não se apoquente e nada de esquentar neurônios à toa!
Eis a matéria da Superinteressante sobre hiperpoliglotas (dentre eles o professor Carlos Freire, que já estudou 135 línguas apenas):
http://super.abril.com.br/ciencia/super-poliglotas-como-funciona-cabeca-pessoas-aprendem-dezenas-idiomas-686220.shtml
Sei que alguns vão torcer o nariz e achar que aprender uma língua sem um curso regular e livros é uma tremenda lorota. Ok, essa é sua opinião e não fui instituído juiz pra julgar se ela é certa ou errada. Não estou aqui levantando bandeiras do tipo 'abaixo ao curso regular e vamos mergulhar de cabeça nas canções e pronto'. Não é isso! Claro que eles são importantes e penso em fazer, todavia lembremos que os métodos devem se complementar uns aos outros e não disputar primazia. Bem, contei um pouco da minha experiência. Sei que isso não se aplica a todos pois alguns tem mais dificuldade/facilidade que outros. Só que não custa tentar, concordam? Até mais, pessoal!
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