Sóc navegant solitari, sóc mariner sense port.
Sou navegante solitário, sou marinheiro sem porto.
Mai no he tingut calendari, el meu rellotge sóc jo.
Nunca tive calendário, o meu relógio sou eu.
Que no tinc segons i que allargo les hores.
Que não tem segundos e que aumenta as horas.
Tu, vell timó que m'ajudes,
Você, velho leme que me ajuda,
La meva adreça sou tu i el vent;
O meu endereço é você e o vento;
Treu-me d'aquesta tempesta,
Me tire dessa tempestade,
Treu-me que ja no puc més,
Me tire que já não posso mais,
Seguint una estrella potser em vaig perdre el cel.
Seguindo uma estrela possivelmente eu perdi o céu.
I vaig perdre el seny.
E eu perdi a sanidade.
Dóna'm força per cridar que no sóc d'aquí, tampoc sóc d'allà,
Me dê força pra gritar que não sou daqui, tampouco sou de lá,
La meva terra és el mar.
A minha terra é o mar.
Dóna'm força per cridar que jo sóc de mi, no sóc de ningú
Me dê força pra gritar que eu sou de mim, não sou de ninguém
I sempre aixi serà.
E sempre assim será.
Vaig néixer sense fronteres, no crec en les possessions,
Eu nasci sem fronteiras, não acredito nos domínios,
Doncs
penso que hi ha massa coses
Pois penso que há coisas demais
Que ens separen i tots som del mateix món,
Qu nos separam e todos somos do mesmo mundo,
No crec en nacions ni en obligacions.
Não acredito nas nações nem nas obrigações.
Ni en obligacions.
Nem nas obrigações.
Dóna'm força per cridar que no sóc d'aquí, tampoc sóc d'allà,
Me dê força pra gritar que não sou daqui, tampouco sou de lá,
Sóc part de l'oceà.
Sou parte do oceano.
Dóna'm força per cridar que jo sóc de mi, no sóc de ningú,
Me dê força pra gritar que eu sou de mim, não sou de ninguém,
La meva terra és el mar fet d'aigua i sal.
A minha terra é o mar feito de água e sal.
Sota l'aigua no hi ha peles, ni banderes, ni nacions.
Debaixo d'água não há dinheiro, nem bandeiras, nem nações.
El silenci que m'envolta és la solfa que em fa viure,
O silêncio que me envolve é a melodia que me faz viver,
Viure i ser lluire, lliure!
Viver e ser livre, livre!
Dóna'm força per cridar que si l'aigua és amor,
Me dê força pra gritar que se a água é amor,
Jo de pedra no sóc, mulla'm un altre cop.
Eu não sou de pedra, me molhe novamente.
Dóna'm força, torna'm boig,
Me dê força, me deixe louco,
Que si l'aigua és amor, jo de pedra no sóc,
Que se a água é amor, eu não sou de pedra,
Mulla'm un altre cop dins el cor.
Me molhe novamente dentro do coração.
Dins el cor...
Dentro do coração
Dins el cor...
Dentro do coração
Esta canção pede forças pra seguir adiante num mundo paralelo à sociedade da terra, o mar. Também fica clara a ideia de liberdade que supõe este estilo de vida. Fala de alguém que não quer se prender aos padrões engessadamente preestabelecidos pela sociedade como sendo os corretos e prefere a liberdade de ser um marinheiro sem porto e viver longe das amarras impostas por esses padrões. Isso está estampado na parte 'não acredito nas nações nem nas obrigações'. Mostra também o sonho de um mundo ideal que (segundo a canção) existe embaixo d'água, conforme a parte 'debaixo d'água não há dinheiro, nem bandeiras, nem nações'. Muitos já sonharam com a sociedade ideal, mas será que ela realmente existe? Li em algum lugar que a perfeição está nos olhos de quem vê... Sendo assim, podemos achar perfeito aquilo que consideramos mais bonito e valioso. Espero que curtam a música! Até mais, pessoal!
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