sábado, 13 de julho de 2013

Dica de Filme: O Discurso do Rei

Olá a todos! Um filminho sempre vai bem né... Um enorme balde de pipoca bem salgada (ou amenteigada ou doce dependendo do gosto de cada um) numa sala escura ou mesmo em casa é o que há, né? Convido-os hoje a assistir o maravilhoso filme 'The King's Speech' (na minha opinião um dos melhores já produzidos)!


Colin Firth (Jorge VI da Inglaterra), Helena Bonham Carter (Elizabeth Bowes-Lyon, mãe de Elizabeth II), Geoffrey Rush (Lionel Logue), Guy Pearce (Eduardo VIII da Inglaterra) estavam perfeitos em seus papéis. A relação de amizade entre o monarca e seu fonoaudiólogo foi belamente trabalhada. Os dois brigam algumas vezes (normal, amigos também brigam) mas Jorge VI tem consciência de que Logue é o único que pode ajudá-lo a se libertar do trauma de fazer um discurso por ser gago. Falar em público era uma verdadeira tortura pra ele. Vamos aos fatos:

Depois de 'n' tentativas frustradas dos médicos reais de tentar resolver a questão da disfemia (gagueira) do marido, a então Duquesa de York Elizabeth, a futura Rainha-Mãe (perfeita interpretação de Helena Bonham Carter) vai à luta procurando por conta própria alguém que efetivamente o ajude. É quando ela encontra Logue e pede que ele vá ao palácio. Porém ele diz que quer que o então Príncipe vá a seu consultório.

Aliás 'meu castelo, minhas regras' é uma das melhores falas da película. Enfim, lá se foi o casal ao consultório. Lá o futuro Rei começa a fumar e Logue tira o cigarro da sua boca. Pior: o chama de Bertie (seu apelido)! Imaginem a cena: a tradicionalíssima (mesmo) realeza britânica se desnudando inteiramente e se apresentando a um plebeu como meros mortais! Pois foi o que aconteceu. Mas o príncipe só voltou a procurar o excêntrico fonoaudiólogo depois de ouvir sua gravação citando Hamlet (e sem gaguejar!).  Então se iniciou um longo trabalho onde vemos uma realeza sem pompa em nome da saúde, com divertidas sequências dos exercícios de respiração e treino vocal. Enfim, tudo vai dando certo mesmo entre as brigas por conta do temperamento explosivo de Sua Alteza. Inclusive os dois chegam a romper por um tempo depois que Logue disse ao amigo que ele poderia ser capaz de ser um bom monarca.

Mas para nossa alegria os dois reatam e lá se foi o rei na casa do amigo. As melhores cenas de todo o filme são quando Logue (o que falar de Geoffrey Rush que não seja de bom?) senta no trono de Eduardo, o Confessor (antigo rei inglês) e debocha de tudo. Até que o já Rei perde a paciência com o amigo e diz que ele deve escutá-lo. 'E por quê eu deveria escutá-lo?', pergunta Logue. 'I have a voice!' (Eu tenho uma voz!), esbraveja Sua Majestade. 'Yes, you do!' (Sim, você tem!), responde o outro. Então Jorge VI percebe que é tão capaz quanto seus predecessores. Se a super interpretação de Colin Firth já foi esplêndida no começo, no fim então se torna arrebatadora! E também quando ele vai fazer o discurso em si. Só Jorge VI e Logue. Sua Majestade consegue enfim discursar ao povo e o monarca diz 'Obrigado, meu amigo'.

Não devemos esquecer do outro mote da história: o bullying dentro da família. Jorge VI tinha problemas no joelho quando criança e era constantemente maltratado pela babá. Ele sentia-se rejeitado e preterido, era considerado incapaz e depreciado pelo pai e pelo irmão mais velho. Ele estava tendo progressos incríveis mas tremeu na base quando Eduardo VIII (aliás, brilhante atuação do Guy Pearce) caçoou dele com 'Be-be-be-be-bertie'. Imagine então como foi torturante pra ele ser nomeado herdeiro do irmão quando este decide abandonar a Coroa pra se casar com a duas vezes divorciada Wallis Simpson... Parecia uma piada e de péssimo gosto, pois o então príncipe não queria ser rei. Mas surpreendentemente ele vestiu a responsabilidade e foi um bom rei ao seu povo. Ele e seu fono foram amigos até o fim de suas vidas.

Uma ótima pedida de filme sempre e a toda hora. Legal! Em posts posteriores trarei mais dicas de bons filmes e uma 'resenha' sobre os mesmos. Até mais, pessoal!

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